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Renault Kwid com visual do modelo europeu é flagrado no Brasil

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Dacia/Divulgação
Dacia/Divulgação

A Renault prepara mudanças para o Kwid que devem fazer parte da linha 2025 do subcompacto. O modelo é não só o carro mais barato do Brasil na versão Zen, como também o modelo elétrico mais barato do país na configuração E-Tech. Mas vende menos que o Fiat Mobi e outros rivais chineses. 

Assim, sinais da renovação do Kwid começam a aparecer. Um indício, por exemplo, é um vídeo que circula nas redes sociais e que aponta uma unidade de testes do hatch com visual diferente do atual.

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Com menos de 30 segundos de duração, a publicação mostra apenas a traseira do carro, que circula por São José dos Pinhais, cidade da região metropolitana de Curitiba (PR), onde fica a fábrica da Renault.

Ainda assim, por conta da pouca camuflagem (oculta apenas os emblemas do diamante da Renault e do nome do modelo), é possível observar livremente as lanternas com 4 elementos, mais o para-choque com nova dupla de refletivos verticais — tudo em linha com as mudanças de visual da Europa.

O que muda no novo Renault Kwid?

Na Europa, estilo semelhante é adotado pelo All-New Dacia Spring, renovação da configuração elétrica do subcompacto que foi apresentada no começo do ano.

Vendido com emblema da Dacia, a divisão romena de baixo custo da Renault, o Spring traz exatamente estes elementos de iluminação, bem como uma barra chanfrada unindo as duas lanternas, onde é possível ler o nome Dacia em lestras estilizadas. Essa parte do estilo, claro, não está presente no modelo flagrado no PR.

Há ainda uma espécie de adesivo no para-choque, que imita um circuito eletrônico, onde também é exibido o nome da versão e a potência do motor elétrico. Na coluna C, um aplique em preto brilhante traz o nome Spring.

No carro de teste visto no Brasil, porém, o para-choque é simples, feito apenas no revestimento antracite, com diferentes chanfrados. E nada de aplique na coluna.

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Para o modelo europeu, a frente traz o grosso de mudanças: novo conjunto óptico traz LED em forma de flecha alinhado a uma barra conectora com dois frisos horizontais (onde se vê o emblema da Dacia). Novo para-choque com abertura na forma da letra A abriga, ainda, as luzes principais, mas de forma mais discreta que no modelo atual.

Toda essa parte lembra bastante a geração mais atual do romeno Dacia Duster, com estilo ainda inédito no nosso país.

No interior da cabine, as mudanças incluem novo painel de instrumentos, tela central de 10 polegadas (o Kwid brasileiro usa tela de 8 polegadas) e volante finalmente equipado com ajuste de altura.

Há duas variantes de motorização: com 45 cv ou 65 cv, esta última similar à configuração vendida no Brasil.

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Será que é o Kwid elétrico?

Com cada vez mais modelos elétricos de marcas chinesas chegando, a oferta de rivais com maior qualidade de acabamento, bom nível de equipamentos e autonomia razoável tem dificultado as vendas do Kwid E-Tech, apesar do preço.

Fabricado na China e vendido por aqui desde 2022, o Kwid E-Tech custa oficialmente R$ 139.990, podendo chegar a R$ 142.990, se for escolhida a cor especial Verde Noronha.

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Há um "truque" para deixá-lo mais acessível, porém: na loja on-line da Renault é possível encontrar oferta de R$ 99.990, mas apenas para algumas localidades e só nas unidades de estoque.

O motor elétrico rende 66 cavalos e 11,5 kgfm de torque, com bateria de 26 kWh permitindo autonomia de 185 km, na medição do Inmetro.

Ainda assim, até agosto, a Renault vendeu apenas 816 unidades de carros de passeio elétricos, segundo a Fenabrave. Detalhe: esse dado inclui possíveis vendas não só do Kwid elétrico, mas também do Mègane E-Tech.

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Ou o Kwid normal?

Por outro lado, o Kwid a combustão mais atual também foi apresentado em 2022, o que justificaria uma renovação para 2025.

Mesmo que a Dacia não venda o modelo a combustão na Europa, o estilo poderia ser emprestado para o Kwid convencional, que é fabricado justamente na unidade de Pinhais.

E para quem acredita que a aparente falta de saída de escape na imagem elimina tal possibilidade, é bom lembrar que a peça do Kwid convencional fica oculta pelo para-choque traseiro.

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O Kwid a combustão também tem desafio complicado nas lojas: com pouco mais de 33.700 unidades emplacadas de janeiro a agosto, está atrás do rival Fiat Mobi. O modelo da Stellantis passa das 43.800 vendas no período, mesmo custando mais.

Mudar seria bom para a Renault

Aqui vale o mesmo cálculo para o Kwid E-Tech: por exemplo, a versão de entrada Kwid Zen (1.0 flex, 71 cv máximos) custa R$ 74.590, mas pode ser encontrada na loja on-line da Renault por R$ 64.864.

Já o Mobi Like (1.0 flex, 74 cv máximos) é vendido no estado de São Paulo por R$ 73.990.

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Ou seja: uma remodelação, que inclua também mudanças no interior, poderia deixar tanto Kwid quanto Kwid E-Tech mais atraentes para o consumidor.

Fonte: AutoIn Brasil