Qual a diferença do seminovo para o carro usado?
Por Paulo Amaral • Editado por Jones Oliveira |
Quando se fala em carro zero quilômetro, todo mundo sabe que se trata de um veículo novo, certo? No entanto, algo que ainda causa muita confusão é quando o assunto se refere àquele veículo que não está mais na loja, ou seja, já rodou por aí. Afinal de contas, qual a diferença do seminovo para o carro usado?
Na verdade, não há apenas uma, mas algumas diferenças que foram padronizadas para distinguir um carro usado de um seminovo. O Canaltech preparou uma listinha rápida para acabar de vez com a dúvida de quem está à procura de um carro no mercado, mas não tem condições de comprar um zero quilômetro.
5. Tempo de uso
A primeira diferença do seminovo para o carro usado é a que requer mais atenção e, por isso, a que causa mais confusão: o tempo de uso. O padrão estabelece que um carro é considerado seminovo quando tem até três anos do tempo de fabricação, e não de uso.
A confusão é simples. Um carro fabricado e vendido em 2019 (ano/modelo), por exemplo, em 2022 é considerado seminovo. Se ele tiver sido fabricado em 2018, no entanto, mesmo que tenha sido vendido apenas em 2019, já será considerado usado em 2022. Entenderam? O tempo de uso é o mesmo, mas ele foi fabricado há quatro anos, o que muda sua classificação.
4. Quilometragem
A segunda diferença do seminovo para o carro usado é encontrada na quilometragem. O padrão e o bom senso estabelecem que, para um carro ser considerado seminovo, deve ter rodado, no máximo, 20 mil quilômetros por ano. Sempre lembrando que a conta precisa ser feita em cima do limite de anos estabelecido anteriormente como a primeira diferença, certo?
Trocando em miúdos, isso significa que um carro fabricado em 2020 será considerado seminovo em 2022 desde que não tenha ultrapassado 40 mil quilômetros rodados. Um fabricado em 2019, por sua vez, tem a régua-limite nos 60 mil quilômetros. Quanto menos quilômetros rodados, maior a valorização do seminovo.
Essa diferença é fácil e não causa confusão, certo?
3. Estado de conservação
A diferença número 3 entre carro usado e seminovo é o estado de conservação. Se você encontrar um carro com menos de quatro anos de fabricação e com até 60 mil quilômetros rodados, este é mais um ponto de atenção.
Afinal, mesmo que um carro se enquadre nos dois parâmetros iniciais, ele dificilmente será considerado seminovo se estiver com amassados na lataria, faróis trincados ou arranhões. Por isso, é fundamental para o proprietário que pensa em valorizar seu carro realizar as manutenções necessárias, tanto na estética quanto no conjunto mecânico.
2. Número de donos
O quarto ponto da nossa lista não é, literalmente, uma padronização para definir se um carro é usado ou seminovo, mas pode acender um sinal de alerta, dependendo da situação. Um carro seminovo, com até três anos de fabricação, normalmente teve um único dono, ou, no máximo, dois.
Já um carro com mais de três anos de fabricação pode ter passado por mais “mãos”, ou seja, ter tido mais de dois donos. Nestes casos, ele costuma ser considerado usado, mesmo que esteja em bom estado de conservação e pouco rodado (o que é raro se estiver nas mãos de um terceiro ou quarto proprietário).
1. Preço
Chegamos à última diferença entre um carro usado e um seminovo: o preço. O mais comum, até por conta de todos os itens citados anteriormente, é que o carro seminovo seja mais caro do que o usado. Afinal, tem menos anos de fabricação, menos quilometragem e está mais conservado.
Há casos, no entanto, em que o usado pode estar mais valorizado do que o seminovo. Em geral isso acontece quando o modelo usado possui mais acessórios que o similar seminovo (ar-condicionado, itens de segurança, central multimídia) ou, então, quando o seminovo saiu de linha, mas o usado continua em produção.
Agora que você já sabe qual a diferença, ou melhor, as diferenças entre um carro usado e um seminovo, basta escolher com carinho qual será o próximo a ocupar um lugar na sua garagem e no seu coração. Boas compras.