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Por que o Chevrolet Sonic saiu de linha no Brasil?

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Reprodução/ General Motors
Reprodução/ General Motors

Lançado em 2012 no Brasil, o Chevrolet Sonic teve curta passagem pelo país. A ideia da General Motors era de oferecer uma opção de carro compacto com um pouco mais de requinte e apelo tecnológico para se posicionar acima dos já vendidos Agile e Onix, como se fosse um substituto, pasmem, do Astra.

Inicialmente importado da Coreia do Sul e, depois, do México, sua missão foi parcialmente cumprida. O Sonic conseguiu atrair alguns clientes devido ao seu design diferentão, bom pacote de equipamentos e itens que, até então, eram exclusivos de carros maiores e mais caros, como a central multimídia My Link e o câmbio automático de seis marchas.

Mas, se era tão bom, por que o Chevrolet Sonic saiu de linha?

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Bom, mas...

Em sua última versão, lançada em 2014, o Chevrolet Sonic, já importado do México, custava algo na casa dos R$ 55 mil, mais do que o Onix em suas versões intermediárias e de topo e com praticamente o mesmo nível de equipamentos. O diferencial do Sonic, porém, era o seu design e o motor.

O propulsor 1.6 Ecotec rendia 120cv e 16,3 kgf/m de torque, proporcionando ótimo desempenho tanto na versão hatch do Sonic quanto na sedan, principalmente com o câmbio automático, já que a caixa manual de cinco velocidades tinha respostas imprecisas e que necessitavam de um giro mais alto do motor para corresponder melhor.

O apelo mais premium do Sonic atraía alguns clientes também, mas o Chevrolet Onix, por ser um projeto mais barato, moderno, com praticamente os mesmos equipamentos, era mais rentável para a General Motors e, obviamente, para os consumidores. A matemática é cruel e a realidade é nua e crua.

De série, o Sonic já saía com dois airbags frontais, rádio com Bluetooth, comandos no volante, freios ABS com distribuição eletrônica de frenagem, ar-condicionado, sensores de estacionamento (na variante LTZ) e muitos outros itens.

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Por que o Chevrolet Sonic saiu de linha?

Em 2014, a General Motors tinha um bom portfólio de produtos no Brasil. Além de Sonic e Onix, o Agile estava em seus últimos meses de vida e o Chevrolet Cobalt fazia a festa de taxistas e famílias que não queriam pagar a mais para ter o Cruze, mas que não abriam mão do espaço e confiabilidade do sedan intermediário.

Não fazia sentido manter a importação do Sonic, sendo que o Onix, juntamente com o Prisma, conseguiam suprir muito bem o que aquele modelo entregava em termos de performance e tecnologia. A escolha foi óbvia e certeira.

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O carro era, sim, muito bom. Talvez não para atender o cliente do Astra, mas para se posicionar bem entre os compactos. Prova disso, é que o Sonic é muito procurado no mercado de usados, já que seu preço segue atrativo. Podemos achar algumas unidades pouco rodadas por R$ 40 mil.

O Chevrolet Sonic, recentemente, também foi retirado da linha da GM nos EUA, tendo sua fabricação interrompida em 2020.

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