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Omoda & Jaecoo inicia operações no Brasil com escritório em SP

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Divulgação/O&J
Divulgação/O&J

A Omoda & Jaecoo, joint venture que pertence à chinesa Chery e, no Brasil, terá suas operações sem a presença da Caoa, deu o pontapé inicial de seus negócios no país, com a inauguração de um moderno escritório em São Paulo.

Os custos iniciais estão orçados em R$ 200 milhões e contemplarão, além da ampliação da sede atual, que é provisória, a expansão do quadro de funcionários, que deve passar dos atuais 13 para cerca de 50. O foco do momento está em profissionais capacitados para lidar com áreas de TI, vendas, comercial, marketing e pós-vendas.

Os colaboradores que já faziam parte do grupo serão realocados para um espaço com cerca de 843 metros quadrados no edifício Rochaverá, um dos mais luxuosos e modernos da cidade, localizado na região do Morumbi.

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A intenção do grupo é sinalizar que as marcas estão “no Brasil, para o Brasil”, já que, futuramente, a Omoda & Jaecoo irá nacionalizar a produção de seus carros elétricos e híbridos, possivelmente na planta de Jacareí, que hoje não é utilizada pela Chery.

Estreia da O&J será com três carros

A O&J, abreviação dos nomes Omoda & Jaecoo, chegará ao Brasil com três carros para iniciar suas operações: o Omoda 5, disponibilizado tanto como micro-híbrido (MHEV) quanto em sua versão elétrica pura (BEV) e, também, com o Jaecoo 7, SUV híbrido plug-in que chama a atenção pelo visual imponente.

O grupo abriu conversas com parceiros comerciais para, em 2025, ter ao menos 50 concessionárias espalhadas pelo país com os carros da marca. Eles, a princípio, serão importados da China, mas, no futuro, passarão a ser produzidos por aqui.

Como são os SUVs da Omoda & Jaecoo?

Durante a última edição do Festival Interlagos, a reportagem do Canaltech conversou com representantes chineses da marca que estiveram no estande e percebeu que a Omoda/Jaecoo está bastante preocupada em saber como o consumidor brasileiro irá receber os primeiros modelos lançados no país, pois questionavam, a todo momento, “qual seria um preço justo” para os SUVs e se “o design havia agradado”.

Vale lembrar que no início do ano a Omoda anunciou mudanças no acabamento da variante híbrida do SUV justamente por ter recebido críticas negativas a respeito dos materiais utilizados na cabine, especialmente nas portas, que seriam inferiores aos presentes na versão 100% elétrica.

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O Omoda 5 é um SUV de porte médio de 4,40 metros de comprimento, 1,83 m de largura e 1,58 m de altura, com generoso entre-eixos de 2,63 metros, porte semelhante ao do Jeep Compass. Seu diferencial no mercado é o motor híbrido-leve, que alia um propulsor 1.5 turbo de 160 cv com um alternador elétrico de 48V.

A versão BEV, por sua vez, tem um motor elétrico que entrega 204 cv de potência e 34,7 kgf/m de torque, suficientes para fazer o 0 a 100 km/h em 7,8 segundos. Além disso, tem suspensão independente na dianteira e multilink na traseira, com freios a disco nas quatro rodas. As baterias são de 61 kWh, e a autonomia, no ciclo WLTP, é de 450 km. No design, a principal diferença está na grade dianteira, que é totalmente fechada.

Jaecoo 7 impressiona

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Fechando o trio de estreantes da O&J no Brasil está justamente o modelo que, ao menos no design, promete causar mais impacto no consumidor: o Jaecoo 7, SUV de luxo. Segundo os chineses que conversaram com a reportagem do Canaltech, ele “tem força para subir paredes”.

Não por acaso, o Jaecoo 7 foi posicionado no estande da marca em Interlagos sobre um chão com pequenas quantidades de areia e com a frente elevada em cima de gigantescas pedras, em um posicionamento de marca bem diferente do usual.

O Jaecoo 7 tem 4,54 metros de comprimento, 1,90 m de largura, 1,68 m de altura e 2,67 m de entre-eixos. O powertrain é híbrido plug-in (PHEV), formado por um motor 1.6 turbo a gasolina e outro elétrico que entregam, juntos, mais de 300 cv de potência ao motorista.

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A O&J não divulgou os preços dos SUVs, tampouco cravou uma data para o lançamento oficial dos carros no país, pois, segundo Felipe Amaral, Head de Vendas e Estratégias, ainda faltam detalhes referentes à cadeia logística e à nomeação dos concessionários.

A ideia, porém, é que ao menos os modelos da Omoda cheguem no primeiro trimestre de 2025, primeiro importados e, depois, em regime CKD, na vindoura fábrica da marca, possivelmente nas instalações da Chery, em Jacareí, interior de São Paulo.