Ford Fiesta pode renascer elétrico para encarar compactos chineses
Por Paulo Amaral • Editado por Jones Oliveira |

A Ford mudou a estratégia em relação à eletrificação total da frota após ter sofrido prejuízos milionários no primeiro trimestre de 2024, mas ainda tem uma carta na manga para tentar competir em pé de igualdade com as marcas chinesas, hoje dominantes no segmento.
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Em entrevista ao site britânico AutoCar, Marin Gjaja, diretor de operações da montadora estadunidense, admitiu que um “velho conhecido” pode voltar ao portfólio para recolocar a marca no jogo: o Ford Fiesta, um dos mais icônicos da marca.
“Se você olhar para nossa linha globalmente, neste momento não temos muito no segmento acessível. A chave para nós é ser acessível, diferenciado e lucrativo. Por muito tempo ficamos no segmento acessível, mas ou empatando o investimento ou perdendo dinheiro”, pontuou.
O “renascimento” do Fiesta como um modelo 100% elétrico seria, então, uma saída para a Ford “começar por baixo”, ou seja, no segmento de entrada. O executivo argumentou que “é lógico” que o desejo é ver a marca vender mais nos nichos superiores, mas as pessoas “precisam ter uma porta de entrada”.
Quando chega o Ford Fiesta elétrico?
O executivo pontuou que, hoje, os clientes estão menos focados no luxo que o carro oferece e, sim, no menor custo. Por conta disso, o raciocínio da Ford é simples, e a adoção de carros elétricos de menor tamanho tende a aumentar cada vez mais.
O vindouro Ford Fiesta elétrico, portanto, seria construído com dimensões menores que as do Puma, hoje o menor BEV vendido pela marca nos mercados fora do Brasil. A ideia é que a produção comece em 2026 e o carro chegue ao mercado no fim daquele ano ou em 2027.
O engenheiro responsável por reinventar o Fiesta e os futuros carros elétricos da Ford é Alan Clarke. Segundo Gjaja, a Ford foi buscar o profissional na Tesla para que ele construa a plataforma mais eficiente do planeta, pois já provou que “projeta carros elétricos que realmente dão dinheiro”.