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Colisões entre pássaros e aviões no Brasil são mais comuns do que você imagina

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Força Aérea Brasileira
Força Aérea Brasileira

Entre 2022 e 2024, o Brasil registrou 5.184 colisões entre aves e aviões. Segundo levantamento da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) divulgado na quarta (17), ocorre, em média, um incidente desse tipo a cada cinco horas nos aeroportos nacionais, gerando riscos à integridade dos voos e prejuízos logísticos severos. 

Os dados mostram que o cenário ficou mais grave em 2025, quando foram registrados mais de 1.100 casos no primeiro semestre do ano. Segundo o estudo cerca de 80% dos incidentes (ou “bird strikes”, com são chamados em inglês) ocorrem nos primeiros minutos após a decolagem ou durante a aproximação para o pouso. 

Os eventos ficam concentrados na Área de Segurança Aeroportuária (ASA), nome dado à zona circular com raio de aproximadamente 20 km a partir do centro do aeródromo. A região ajuda no controle de construções, obstáculos e animais que possam interferir nas operações das pistas e voos

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Impacto para passageiros e operações

As consequências destes incidentes para os viajantes são diretas e expressivas. Cerca de 27 mil passageiros sofrem com atrasos ou cancelamentos causados por colisões com pássaros, resultando na suspensão de aproximadamente cem voos por ano. 

Quando algo do tipo ocorre, as companhias aéreas têm que fornecer assistência material completa, incluindo alimentação, transporte e hospedagem para os afetados. Além disso, as colisões com as aves rendem custos de aproximadamente R$ 200 milhões anualmente para as companhias aéreas.  

Raul de Souza, diretor de Segurança e Operações de Voo da entidade, afirma que a mitigação do problema depende da publicação de decreto presidencial para regulamentar uma lei de 2012, criada para estabelecer diretrizes para o manejo de animais nas imediações dos aeroportos

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