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CEO da Ford pede para motoristas segurarem o hype sobre os carros autônomos

Por| 11 de Abril de 2019 às 12h57

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O hype em cima dos carros autônomos está espalhado por todos os lados. O mercado se aquece cada vez mais em torno dessa nova maneira de se locomover e os consumidores parecem não ver a hora de pegar a estrada com essas máquinas. Com total ciência de que isso vai mudar a indústria automobilística e o mundo, o CEO da Ford, Jim Hackett, tratou de usar e abusar do pragmatismo para falar sobre o tema.

"Nós superestimamos a chegada de veículos autônomos", disse o executivo na terça-feira (9) em um evento do Detroit Economic Club. Enquanto o primeiro carro autônomo da Ford, que chegará em 2021, ainda está no forno, ele explica que as primeiras versões desses modelos "terão aplicações limitadas, o que chamamos de geo-fenced, porque o problema é muito complexo".

Hackett, de 63 anos, está planejando uma reforma de US$ 11 bilhões (R$ 42 bilhões) da Ford, que envolve o fechamento de fábricas, o corte de milhares de empregos assalariados e a descontinuação de sedãs tradicionais para se concentrar em SUVs e caminhões, o que deve, a curto prazo, aumentar a rentabilidade e o bom funcionamento financeiro da montadora.

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Ainda sobre os carros autônomos, embora Hackett esteja, digamos, cético, ele entende que, quando lançados, os produtos farão barulho. "Quando chegarmos, isso vai mudar a forma como o creme dental é entregue", disse Hackett. “As estruturas de logística e estradas das cidades serão redesenhadas. Eu não vou estar no comando da Ford quando isso acontecer, mas eu vejo claramente", completou.

A Ford recentemente ganhou elogios do presidente Donald Trump por investir US$ 900 milhões (R$ 3,43 bilhões) na construção de carros elétricos e autônomos em Michigan e US$ 1 bilhão (R$ 3,82 bilhões) em duas fábricas em Chicago para construir os novos SUVs Explorer. Hackett também está em conversações com a Volkswagen para que juntos desenvolvam veículos elétricos e carros sem motorista. As duas montadoras já uniram forças para fabricar vans comerciais e caminhões.

Fonte: Bloomberg