Carro elétrico terá "entrada massiva" no Brasil só em 15 anos
Por Eugenio Augusto Brito • Editado por Jones Oliveira |
O Brasil deve levar entre dez e 15 anos para começar a ter uma frota realmente considerável de carros elétricos. Esse foi o panorama apontado pela maior distribuidora de combustíveis do país. Antes disso, ainda deve haver aumento no uso de combustíveis tradicionais, como gasolina, etanol e até diesel.
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Esse panorama mais favorável, no curto e médio prazo, a carros comuns do que a modelos elétricos foi traçado na última quarta-feira (25) por Ernesto Pousada, presidente da distribuidora de combustíveis Vibra, em entrevista ao estúdio eixos.
"O carro movido a combustível líquido, seja com diesel ou gasolina e gradualmente a gasolina passando para o etanol, a gente vai ver um crescimento disso [...] nos próximos 5, 10 anos", afirmou Pousada.
Incentivos vão ampliar uso de biocombustível
Pousada crê que o uso de carros com motor a combustão será ampliado nos próximos anos em vez de cair, por conta de incentivos à adoção de biocombustíveis, no que chama de "transição gradual".
Entre os incentivos, está o Projeto de Lei 528/2020, apelidado de "Combustível do Futuro", que foi aprovado pela Câmara dos Deputados há 2 semanas.
Pelo projeto, é possível aumentar a mistura de etanol à gasolina dos atuais 27,5% para até 35%, entre outras medidas.
Frota elétrica em até 15 anos
Segundo o executivo, o Brasil está em "vantagem" sobre outros países por contar com etanol e outros biocombustíveis, podendo fazer uma transição gradual do atual cenário do uso de combustíveis fósseis "ao mesmo tempo fazendo a descarbonização".
Com isso, o prazo para que a frota de carros elétricos seja, de fato, dominante no país só deve começar daqui a 10 ou 15 anos.
"Acredito que mais para daqui a 10, 15 anos que nós vamos ver uma entrada massiva, provavelmente, dos carros elétricos", concluiu o presidente da Vibra.
Ex-subsidiária da Petrobras, a Vibra é a maior distribuidora de combustíveis do país, atuando tanto na área de combustíveis fósseis quanto de biocombustíveis e energia limpa.
Fonte: estúdio eixos