Carro a hidrogênio da Hyundai que purifica o ar está no Brasil
Por Paulo Amaral • Editado por Jones Oliveira |
O Hyundai Nexo, carro movido a hidrogênio que tem autonomia média de 666 km por tanque (no ciclo WLTP), está no Brasil, mas, por enquanto, apenas como um “visitante ilustre”.
O SUV é uma das atrações da montadora sul-coreana no estande montado no Seminário Internacional de Hidrogênio Renovável e Baixo Carbono, que termina nesta terça-feira (9), em Piracicaba, interior de São Paulo.
A ideia de trazer o Hyundai Nexo para a exposição é clara: demonstrar como a aplicação do hidrogênio verde como combustível pode ser uma excelente alternativa para o futuro da frota de carros no país.
O Programa de Mobilidade Verde e Inovação (Mover), criado pelo Governo Federal, prevê, entre outras ações, o estímulo a novas tecnologias, como o hidrogênio verde. E a Hyundai quis demonstrar que, com o Nexo, está comprometida em acelerar a transição energética com várias vertentes.
CEO da Hyundai quer “democratizar” hidrogênio
Jaehoon Chang, presidente e CEO da Hyundai Motor Company, reforçou que a empresa tem o compromisso de se tornar carbono zero até 2045 e, para isso, o uso do hidrogênio verde é fundamental.
O uso do Nexo é apenas um exemplo do que a marca quer na prática. Segundo o executivo, “o hidrogênio limpo deve ser para todos, impulsionando tudo e disponível em todos os lugares”.
O carro movido a hidrogênio que está exposto em Piracicaba foi lançado em 2018 e é movido por um propulsor elétrico que não precisa ser recarregado em tomadas. O Nexo utiliza células de hidrogênio, que são transformadas em eletricidade. Assim, não há queima de combustível e, pelo escapamento, sai somente água. Um carro zero emissor de poluentes.
Em testes realizados em setembro de 2021, o Hyundai Nexo superou a autonomia média declarada pelo fabricante e chegou a rodar 900 quilômetros com um único tanque. Além disso, conseguiu purificar 449.100 litros de ar durante essa viagem.
Esse número significa, na prática, que o carro consumiu 6,27 kg de hidrogênio e “limpou” o meio-ambiente com o correspondente à respiração de cerca de 30 pessoas durante um dia inteiro. Nada mal, não é mesmo?