BYD sofre com importação de máquinas e fábrica deve atrasar no Brasil
Por Paulo Amaral • Editado por Jones Oliveira |

A BYD esperava iniciar a nacionalização da produção de seus carros elétricos e híbridos em Camaçari, na Bahia, no primeiro semestre de 2025, mas um problema burocrático pode adiar os planos da montadora chinesa.
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Segundo Alexandre Baldy, um dos principais executivos da marca no Brasil, as máquinas necessárias para colocar a linha de montagem em ordem já chegaram ao país, mas estão há mais de dois meses paradas no Porto de Salvador aguardando liberação.
A BYD pediu isenção tarifária sobre os equipamentos para a Câmara do Comércio Exterior (Camex) em maio, alegando que, como não há fabricação local equivalente para os maquinários importados, eles se enquadram no regime de incentivo fiscal.
O Comitê-Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex), por sua vez, diz que “não há nada” que impeça a BYD de retirar a carga, mas que a empresa precisará pagar os impostos para a liberação, caso decida não aguardar a resolução final sobre o pedido de isenção.
Como será a fábrica da BYD?
A fábrica da BYD em Camaçari, na Bahia, terá capacidade para produzir, em média, 150 mil carros eletrificados por ano em sua primeira fase. A estimativa, porém, é que saiam das esteiras 300 mil carros por ano até 2028.
As máquinas que estão paradas no aguardo da liberação alfandegária, segundo os executivos, serão responsáveis por 15% da capacidade fabril total da planta que será inaugurada no Brasil. Quando isso ocorrerá, porém, agora é a grande questão sem resposta.