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Anfavea quer antecipar imposto de 35% para por fim à “invasão chinesa”

Por| Editado por Jones Oliveira | 26 de Junho de 2024 às 13h45

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Divulgaçõ/GWM
Divulgaçõ/GWM

A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) está preocupada com a nova “invasão chinesa” no mercado automotivo do Brasil e, como fez em um passado recente, buscou ajuda junto ao Governo Federal para não perder ainda mais espaço.

Márcio de Lima Leite, presidente da entidade, admitiu nesta terça-feira (25), durante um seminário organizado pela AutoData, em São Paulo, que as montadoras instaladas no Brasil pediram para a Anfavea tentar antecipar a alíquota de 35% sobre a importação de carros eletrificados, prevista para entrar em vigor somente em julho de 2026.

O cronograma estabelecido pelo Governo Federal determina que, em julho, a alíquota de importação, que em janeiro passou a ser de 10% para carros elétricos puros e de 12% para híbridos plug-ins e leves, será reajustada para 18%, 20% e 25% respectivamente. Está previsto um novo reajuste em janeiro de 2026 e, apenas em julho, o teto de 35% para todos os segmentos de eletrificados seria alcançado.

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Apesar do pedido para antecipar o teto da tarifa já para o próximo mês, dois anos antes do prazo original, o presidente da Anfavea garantiu que “não quer guerra com os importados”. O executivo admitiu, porém, que o momento é de cautela e que se faz necessário observar a alta nas vendas dos carros chineses para “não colocar os investimentos em risco”.

Brasil já é maior importador da China

O principal motivo pelo qual a Anfavea quer antecipar para já a alíquota de importação sobre carros eletrificados importados está nos números recentes divulgados pela Associação de Carros de Passageiros da China (CPCA).

Segundo o órgão, o Brasil se tornou o maior importador de carros eletrificados chineses do mundo, com um salto de 536% em relação ao que foi registrado nos quatro primeiros meses de 2023.

No recorte geral, incluindo importados a combustão, a alta também é significativa. Entre janeiro e maio o Brasil importou 159,3 mil carros, alta de 37,8% em relação ao ano anterior. Deste total, 42,8 mil vieram da China.

A “invasão chinesa” que tanto preocupa o presidente da Anfavea, aliás, tende a aumentar, já que a BYD e a GWM, já estabelecidas por aqui, agora têm a companhia de novas marcas no mercado nacional, como Omoda, Zeekr e, mais recentemente, Neta.