Airbags mortais: como está a situação dos carros apreendidos?
Por Danielle Cassita |

O Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) está trabalhando a todo vapor no reparo dos carros apreendidos devido aos chamados “airbags mortais” fabricados pela Takata. A ação já resultou no conserto de 18 carros da Honda e outros 400 veículos da marca, que devem ser restaurados antes de serem devolvidos aos donos ou levados a leilão.
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No projeto atual, o Detran-SP está realizando a substituição completa dos insufladores frontais do motorista e do passageiro. Embora o foco inicial esteja em modelos da Honda, o órgão de trânsito está aberto para colaborar com outras fabricantes que compartilhem seus dados de chassis. No Brasil, já se sabe que o problema atinge marcas como Mercedes-Benz, Chevrolet, Toyota, Volkswagen e Ford.
A manutenção consiste na troca do inflador dos airbags da Takata, presentes em mais de 60 milhões de carros no mundo. O defeito registrado permite a entrada de umidade no componente, que leva ao desgaste das partes metálicas do airbag. Assim, quando o airbag é acionado em um acidente, estilhaços de metal são lançados contra os ocupantes e podem causar ferimentos graves ou fatais.
Riscos dos airbags defeituosos
Para completar o cenário preocupante, o Brasil registra mais de 6,8 milhões de veículos com recalls pendentes por falhas em airbags frontais; o total inclui airbags de qualquer fabricante com recalls similares, e envolve 134 modelos de carros, uma van e uma motocicleta.
Segundo a HPE Automotores, a responsável pela Mitsubishi, há mais de 67 mil carros envolvidos no incidente no Brasil e 84% deles já foram consertados. A Nissan, por sua vez, tem 340 mil chamados e 81% deles já foram atendidos.
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Fonte: AutoEsporte