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Canon trabalha em lentes de 1000mm ultra compactas

Por| 07 de Junho de 2016 às 19h23

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Canon trabalha em lentes de 1000mm ultra compactas
Canon trabalha em lentes de 1000mm ultra compactas
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Segundo papéis publicados pela Canon esta semana, os engenheiros da gigante nipônica estão desenvolvendo uma versão bastante compacta das suas lentes super-teleobjetivas: o modelo descrito nas patentes 2016-102852 contaria com uma distância focal de nada menos que 1000mm, e teria metade do tamanho necessário para essa capacidade. O projeto estaria sendo testado esse ano e tem lançamento planejado para 2020, exatamente quando os Jogos Olímpicos terão sua edição realizada em Tóquio, no Japão:

(Foto: Divulgação/Canon)

A Imagem que você vê acima é parte do documento datado de 2014 e publicado esta semana. Nele, a Canon afirma ter a capacidade de fabricar uma lente compacta de 1.000mm, o que seria matematicamente impossível se a empresa não tivesse criado uma tecnologia chamada "Diffractive Optics". Basicamente, o design empregado nas lentes difrativas permite que elas foquem a luz da mesma forma que uma lente maior faria, mas sem precisar ter de todo o comprimento das lentes já existentes. Os papéis também citam que a futura lente contará com uma abertura ƒ5.6L e usará o mesmo padrão EF para acoplar-se às câmeras da marca.

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(Foto: Divulgação/Canon)

Um dos exemplos dessa tecnologia foi citado pelo DigitalTrends em sua matéria sobre o assunto: a lente EF 400mm f/4 DO IS II USM, lançada pela Canon no ano passado, tem apenas 23cm de comprimento total enquanto uma lente comum de características similares mede aproximadamente 40 centímetros. Embora o design de lentes difrativas já esteja presente em modelos atuais mais caros, a super-lente que será desenvolvida para as Olimpíadas seria extremamente compacta e leve se pensarmos na sua enorme distância focal (mm).

Não é a primeira vez que a Canon desenvolve lentes de capacidades astronômicas — literalmente falando — para um evento de Jogos Olímpicos. Em 1984, a mesma fabricante apresentou a maior lente do mundo com capacidade de foco automático, especialmente desenhada para as Olimpíadas de verão em Los Angeles, no mesmo ano. Até hoje esses números não foram superados por ninguém.

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À esquerda temos um dos raros exemplares da lente icônica desenvolvida pela fabricante nos anos 80 (Foto: Reprodução/Petapixel)

A superlente da época tem 1.200mm, abertura ƒ5.6L e usa a tecnologia USM de foco automático ultrasônico da empresa. Hoje o modelo não é mais fabricado e é tratado como um troféu, tanto pela Canon quanto por seus compradores, que possuem um artefato avaliado em mais de US$ 90.000 – ou R$ 310.000, em conversão direta.

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E aqui uma amostra do que a lente de 90 mil dólares da Canon pode fazer (Foto: Reprodução/DIY Photography)

Como já era esperado, o método utilizado nas lentes difrativas não é perfeito e exige alguns sacrifícios em qualidade na troca por lentes mais compactas e leves. Isso faz com que a próxima geração de lentes super teleobjetivas da Canon não seja, de fato, tão boa quanto aquelas com tamanho e peso regular para suas respectivas capacidades. De qualquer forma, o desenvolvimento dessa tecnologia faz com que um fotógrafo possa decidir com maior precisão o que quer priorizar na imagem a ser capturada.

Embora tenha liberado as patentes oficialmente, a Canon não realizou nenhum pronunciamento sobre o monstrinho que está desenvolvendo. Você pode ler os papéis traduzidos do japonês para o inglês clicando aqui.

Fonte: DigitalTrends