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Netflix, Zoom e outras big techs sofrem queda de valor na retomada pós-covid

Por| Editado por Claudio Yuge | 28 de Janeiro de 2022 às 22h40

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DC_Studio/Envato
DC_Studio/Envato

A retomada de parte da "normalidade" da vida no período pós-vacina, em todo o mundo, está trazendo também uma dura realidade para as empresas que cresceram, muitas vezes de forma astronômica, durante a pandemia. Com o retorno ao trabalho tradicional em muitas empresas e das atividades fora de casa, analistas apontam que, agora, é a vez das companhias que lucraram com essa nova companhia se acostumarem a uma nova realidade que, na verdade, é a forma antiga de se fazer as coisas.

A Netflix, por exemplo, viu suas ações sofrerem queda de mais de 24% na última sexta-feira (21), diante de uma redução pela metade no movimento de novas assinaturas em 2021. Movimentação semelhante aconteceu com o Zoom, o queridinho das videochamadas nos primeiros meses da pandemia, mas que perdeu mais de 60% de seu valor de mercado no ano passado em uma tendência de queda que continua enquanto você lê esta reportagem.

Culpa, apontam analistas ouvidos pelo jornal americano The Washington Post, do início do fim de um momento econômico “único”. Enquanto muitos dos nomes que estão enfrentando quedas se movimentaram para aproveitar o isolamento social, o home office e outros hábitos trazidos pela pandemia da covid-19, seus clientes, o mercado financeiro também enxergou um movimento de especulação alta, principalmente quanto às empresas de tecnologia que ofereciam soluções inovadoras.

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É o caso, por exemplo, da Peloton, antes uma queridinha de Wall Street e, agora, amargando uma queda de 25% nas ações nesta semana após anunciar um plano agressivo de reestruturação. Isso acontece apenas dois anos após a abertura das ações em meio a polêmicas envolvendo desde o hype alto de suas bicicletas ergométricas inteligentes, que não se refletiu em faturamento, até polêmicas envolvendo a nova versão da série Sex And The City, batizada de And Just Like That. O resultado aparecem na previsão de US$ 270 milhões em perdas.

Enquanto as pessoas voltam a se reunir presencialmente, frequentar atividades sociais e realizar exercícios fora de casa, a ideia é que o movimento de subida de tais companhias seja interrompido. Os gastos também devem cair, afinal de contas, o que antes era investido em streaming, programas de treinamento doméstico ou assinaturas de serviço, agora, pode ser colocado na mesa do bar, nos ingressos de cinema e deslocamento.

Com isso, a reportagem aponta o início de um período de adaptação para as estrelas do mercado financeiro durante o isolamento social. Enquanto o mundo sofria para se adaptar aos novos tempos, elas prosperaram; agora, a ideia é de um movimento contrário, no qual os paradigmas de apenas dois anos atrás não valem mais, com a pressão do mercado financeiro exercendo força inversa sobre estas companhias.

Fonte: The Washington Post