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Automação deve acabar com 34% dos empregos até 2040

Por| Editado por Claudio Yuge | 21 de Janeiro de 2022 às 16h20

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Clayton Cardinalli/Unsplash
Clayton Cardinalli/Unsplash

Mais de um terço das vagas de emprego na Europa podem deixar de existir até 2040 por conta do avanço da automação. São os reflexos de uma população com maior número de indivíduos com idade avançada e da busca por maior autonomia, evidenciada principalmente pela pandemia; por outro lado, a abertura de posições oriundas desse movimento de inovação deve ser bem menor, potencialmente criando um cenário complicado no Velho Continente.

São as conclusões de um estudo feito pela Forrrester, que prevê o desaparecimento de 12 milhões de postos de trabalho na Europa ao longo dos próximos 20 anos. Isso representa 34% das vagas existentes hoje, com setores como indústria, varejo, alimentação, lazer e hospitalidade sendo os mais atingidos. E olha que a pesquisa só leva em conta os países mais ricos do continente — França, Alemanha, Itália, Reino Unido e Espanha.

A busca por uma produtividade cada vez maior, principalmente com os efeitos da pandemia do novo coronavírus, surge como a principal razão para o alto investimento em automação. A preocupação é maior para as pequenas e médias empresas, que concentram mais de 60% das vagas de toda a Europa, mas não possuem o ritmo das grandes corporações; em todas, a ideia é que os trabalhadores casuais, sem vínculos ou com baixo número de horas, sejam os mais atingidos.

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A Forrester também cita o que chama de “bomba-relógio demográfica”, falando sobre uma população mais envelhecida e com menor performance, mas que segue precisando de trabalho em um ambiente cada vez mais competitivo. 30 milhões de pessoas fecharam 2020 nesta condição e a expectativa é de que esse total aumente ainda mais.

Conta que não fecha

Por outro lado, a perspectiva é que nove milhões de postos de trabalho sejam criados a partir dos investimentos em automação. Os setores que mais devem contratar são os de cidades inteligentes e tecnologias verdes, com foco em especialização. Enquanto isso, desde já, as empresas se movimentam para se adequarem a esse novo formato.

De acordo com outro levantamento citado pelo estudo, este realizado pela plataforma de automação UIPath, 78% das empresas da Europa devem aumentar os gastos com tecnologia nos próximos anos. Enquanto isso, para 85% delas, a visão é de que tais investimentos ajudam a atrair novos talentos, enquanto os treinamentos internos ajudam a reter colaboradores importantes.

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Novamente, a preocupação é quanto aos funcionários de níveis inferiores das organizações ou aqueles que não possuem vínculos ou contratos de poucas horas de trabalho. A ideia é que estes perderão seus empregos, mas não conseguirão encontrar novos postos, em um movimento que deve ampliar a pobreza e, ao mesmo tempo, solidificar ainda mais as posições com baixos pagamentos, maior carga e pouca chance de negociação e direitos.

Fonte: Forrester