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Concorrência por divisão móvel faz ações da Oi terem forte alta na Bolsa

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Concorrência por divisão móvel faz ações da Oi terem forte alta na Bolsa
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A briga entre o consórcio formado por TIM, Claro e Vivo e a Highline do Brasil pela divisão mobile da Oi fez com que os papeis da operadora disparassem na última terça-feira (28).

Após a divulgação de uma nova oferta vinculante por parte da TIM, Claro e Vivo, revelado na última segunda-feira (27), as ações ordinárias da Oi tiveram uma alta de 15,82%. Com isso, elas ultrapassaram a marca dos R$ 2, fechando em R$ 2,05. Já entre os papeis preferenciais a valorização foi quase o triplo: 44,27%, sendo que cada um passou a custar R$ 2,77.

Já nesta quarta-feira (29),o comportamento das ações da operadora foram um pouco diferentes. Enquanto os papeis ordinários tiveram queda de 6,83%, fechando em R$ 1,91, as ações preferenciais continuaram em alta, registrando crescimento e 22,74%, com preço de R$ 3,40 por ação.

A disputa entre as operadoras e a Highline do Brasil pela Oi Mobile, seguida pelas ofertas e contraofertas fez com que as ações da Oi tenham registrado intensa valorização. Desde o dia 18 de julho (data da primeira proposta) os papeis ordinários tiveram alta de 55,30%. Já os preferenciais subiram 73,13%.

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A primeira oferta vinculante de compra da Oi Móvel, anunciada no último dia 18, foi feita por TIM, Claro e Vivo, mas não especificou valores. No entanto, o consórcio exigiu como condição principal dessa proposta que elas fossem consideradas "primeiras proponentes" (stalking horses), ou seja, elas teriam o direito de cobrir outras ofertas superiores que a Oi viria a receber.

Isso aconteceu no último dia 22, quando a Highline do Brasil - empresa de infraestrutura em telecomunicações - fechou um acordo com a Oi para negociar com exclusividade a venda da sua unidade de telefonia móvel. Ela teria apresentado uma proposta acima do preço mínimo de R$ 15 bilhões, estipulado pela Oi. A exclusividade negociada termina no próximo dia 03 de agosto, mas há a possibilidade de prorrogação. Além disso, a companhia também terá o direito de cobrir outras propostas recebidas no processo.

Planos diferentes

A proposta feita por TIM, Claro e Vivo envolve a compra dos principais ativos da Oi Mobile em termos de infraestrutura. Isso inclui termos de autorização de uso de radiofrequência, direito de uso de espaço em imóveis e torres, elementos de rede móvel de acesso ou de núcleo e sistemas/plataformas. Além disso, a oferta incluiria a base de clientes do Serviço Móvel Pessoal. Caso o consórcio vença a disputa, todos os componentes adquiridos serão divididos entre as operadoras.

Já a Highline do Brasil - fundada em 2012 pela gestora Pária Investimentos e vendida em dezembro do ano passado para a norte-americana Digital Colony - tem planos diferentes. Especializada na construção e operação de diferentes tipos de soluções para instalação de equipamentos de telecomunicação destinados à transmissão de voz e dados, ela quer usar a Oi Mobile para atuar como uma operadora de rede.

Em outras palavras, caso vença a disputa, a Highline será uma operadora de rede neutra em todos os níveis. Isso significa que os clientes da Oi Móvel, por exemplo, serão vendidos depois para as concorrentes em um leilão. A diferença é que um dos compromissos que a vencedora deste leilão terá de assumir é de utilizar a infraestrutura de torres, rádio e espectro da Oi Móvel - que, nesse novo cenário, passam a pertencer a Highline. O mesmo vale para a InfraCo, unidade de redes de fibra da Oi, com 400 mil km de rede, que está em processo de negociação e no qual a Highline também deve fazer uma oferta. Para completar, seus planos também incluem uma participação no leilão do 5G, que deve ocorrer no segundo semestre de 2021.

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Oi quer limitar atuação em um único setor

Em recuperação judicial desde 2016, a venda da Oi Móvel é uma cartada da Oi para pagar parte de suas dívidas, avaliadas em cerca de R$ 65 bilhões, e escapar da insolvência. Os valores também serão usados para investir no crescimento da banda larga de fibra ótica da operadora.

Aliás, o setor de infraestrutura fixa está na mira da companhia, que deseja se tornar uma das maiores fornecedoras do mercado, inclusive para suas concorrentes, principalmente durante a implementação do 5G, cujo leilão das frequências deve acontecer no segundo semestre de 2021.

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Com marketshare de 16,8%, atualmente a Oi é a quarta colocada no mercado de telefonia móvel brasileira, segundo informações da consultoria Teleco. A Vivo segue na liderança, com 33,01%, seguido por Claro (25,97%) e TIM (23,20%).

Fonte: Com informações do MobileTime e Infomoney  

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