Após maior IPO do ano em NY, restrições na China derrubam preço de ações da Didi
Por Roseli Andrion | Editado por Claudio Yuge | 06 de Julho de 2021 às 17h40
Menos de uma semana depois de conseguir US$ 4,4 bilhões (quase R$ 23 bilhões) em sua oferta pública de ações (IPO) na bolsa de valores de Nova York, a Didi Global enfrenta, nesta terça-feira (6), uma queda de quase 23% no preço dos títulos. Este é o primeiro dia de trabalho desta semana nos EUA, já que os mercados americanos estavam fechados pelo Dia da Independência (4 de julho).
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O movimento ocorre depois que o órgão de administração do ciberespaço (CAC) da China retirou o app da empresa das lojas de aplicativos do país no domingo (4). A entidade aponta a necessidade de proteção da segurança nacional e o interesse público como motivos para a exclusão do app.
Por enquanto, a CAC investiga a forma como a empresa trata os dados de clientes, mas já indicou que a Didi faça alterações no sistema para cumprir as regras locais. Fontes ouvida pelo The Wall Street Journal indicam que a empresa foi advertida a examinar a segurança de sua rede antes de apresentar seu IPO. Como não o fez, há discussões sobre a governança corporativa da organização.
Em comunicado enviado à Reuters, a Didi informa que o serviço continua disponível para usuários que já baixaram o app. Mesmo assim, a proibição da presença do aplicativo nas lojas virtuais pode ter impacto negativo em sua receita na China.
A situação não é irreversível, mas analistas afirmam que ela afasta investidores. Isso pode, certamente, afetar os planos de crescimento da companhia. Como pratica preços muito baixos, a Didi Global tem expectativa de crescimento bastante elevada. No Brasil, a companhia é dona do app de transportes 99.
Fonte: InfoMoney