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Salvação do Boeing 737 quase passou pelas mãos da Embraer; entenda

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Reprodução/Joao Carlos Medau
Reprodução/Joao Carlos Medau

A fusão entre Boeing e Embraer não aconteceu, e o não fechamento desse negócio deixou projetos pelo caminho — alguns muito bons, por sinal. Segundo informações de bastidores, a fabricante brasileira seria uma das responsáveis pelo desenvolvimento da próxima linha do Boeing 737, um dos principais aviões da gigante norte-americana e que passa por momentos turbulentos nos últimos dois anos.

Segundo o portal Leeham News & Analysis, um engenheiro da Boeing, que não quis se identificar, revelou que a Embraer vai anunciar um avião de corredor único e com boa capacidade de passageiros, mas com motorização turboélice. A fuselagem dessa aeronave, porém, deveria ser a base para os novos Boeing 737 — que substituiriam os atuais 737 MAX 8 e MAX 9 caso a fusão das empresas fosse concluída.

O Boeing 737 vive momentos conturbados e que ocasionaram a perda da liderança no segmento de aviões comerciais com corredor único, os chamados single aisle, hoje dominado pela Airbus com o A320. Depois dos acidentes no final de 2018 e começo de 2019, a fabricante norte-americana passou por uma crise profunda que fez com que muitos pedidos do seu jato fossem cancelados.

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Com a Embraer tomando conta do projeto para um substituto, a Boeing poderia ter uma sobrevida nessa linha de tanto sucesso e, com a também alta credibilidade da fabricante brasileira, retomar o bom momento do 737. O curioso, porém, é que a parceria Boeing-Embraer não teria optado pela base dos jatos brasileiros E195-E2. O motivo, talvez, fosse a modularidade e modernidade do novo projeto de turboélice, que poderia ser abastecido com hidrogênio.

Atualmente, o maior avião da Embraer voltado para o uso de passageiros é o E195, que pode levar até 150 pessoas na configuração de quatro assentos por fileira. O Boeing 737 ou o Airbus A320 podem levar até seis, dependendo da configuração.

Fonte: Aeroin, Leeham News