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Drones com câmeras termais ajudam a localizar sobreviventes em geleira na Itália

Por| Editado por Jones Oliveira | 05 de Julho de 2022 às 15h35

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Biascioli Alessandro/Envato/CC
Biascioli Alessandro/Envato/CC

A tecnologia de ponta dos drones de última geração está ajudando as autoridades italianas a encontrar sobreviventes após um acidente com uma enorme geleira ter acontecido no último domingo (3), na região de Marmolada, montanha mais alta das Dolomitas italianas.

Equipados com sensores e câmeras termais, os drones têm sido utilizados para localizar alpinistas que seguem desaparecidos após o acidente que, até este momento, já deixou ao menos seis pessoas mortas e outras oito feridas.

"Encontramos corpos dilacerados, em uma maré informe de gelo e detritos que se estende por mais de 1.000 metros", revelou Gino Comelli, do Serviço de Resgate Alpino, ao jornal Corriere della Sera.

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Em contato com a agência de notícias AFP, Michela Canova, que trabalha como porta-voz dos serviços de emergência do país europeu, confirmou que uma avalanche de neve, rocha e gelo atingiu o local no momento em que "vários grupos" estavam presentes.

Cães farejadores e helicópteros ajudam drones

Os drones térmicos são um recurso a mais para as autoridades italianas trabalharem em um terreno que é inacessível para os meios mais comuns, como helicópteros e cães farejadores.

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Segundo o prefeito de Canazei, Giovanni Bernard, o território é difícil e perigoso para os socorristas, pois as imagens captadas pelos drones mostram neve e rochas descendo as encostas da montanha.

Steefano Dal Moro, engenheiro que sobreviveu ao deslizamento, comentou que é um milagre estar vivo e que, em situações como a que enfrentou, "era inútil correr", e tudo o que fez foi rezar e pedir proteção.

O Ministério Público de Trento confirmou que vai abrir uma investigação para determinar as causas oficiais da tragédia.

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Como funcionam os drones com câmeras termais?

As câmeras térmicas presentes nos drones utilizam uma tecnologia chamada espectro eletromagnético. É por meio deste espectro que são identificadas oscilações entre os campos magnéticos e os campos de luz.

Elas conseguem identificarr os comprimentos de ondas que aparecem no espectro do infravermelho e transformá-los em uma escala de cores ligada ao espectro do visível (RGB) e, então, geram imagens identificáveis pela visão humana.

As temperaturas baixas são identificadas pela cor azul ou preta e as altas por amarelo, vermelho e laranja. Em situações como a ocorrida na geleira da Itália, é possível detectar por meio das câmeras térmicas dos drones, portanto, se há seres humanos soterrados por baixo da neve.