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Crise global faz Boeing anunciar demissões em massa

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Reprodução/ Boeing
Reprodução/ Boeing

Já faz algum tempo que a Boeing tem passado por dificuldades. Desde a primeira crise do 737 Max, em 2019, que forçou a companhia a aterrar todas as aeronaves, a gigante de Seattle tem sofrido com problemas em suas aeronaves, atrasos em entregas e falhas de qualidade de seus produtos.

Por conta de todos esses problemas, a empresa tem sofrido grandes perdas financeiras. E, para tentar frear os prejuízos, quem vai pagar a conta será o quadro de funcionários da empresa. Nesta semana, a Boeing anunciou que vai realizar demissões em massa, para tentar reverter a crise.

Segundo a IstoÉ Dinheiro, com informações da agência AFP, é esperado que haja uma redução de 10% do número de empregados da companhia estadunidense. Somente no estado de Washington, mais de 2 mil funcionários foram afetados e devem perder seus empregos.

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Porém, pode ser que haja cortes em outras fábricas da empresa no planeta. Em Washington, há algumas fábricas da Boeing, e que são responsáveis pela montagem de alguns dos principais aviões da empresa. Em Renton, é montada a família 737, um dos aviões mais vendidos de todos os tempos. Já em Everett, o gigante 777 é produzido.

Greves e demissões na Boeing

Há poucos meses, essas duas fábricas da empresa sofreram com uma greve de funcionários que durou mais de 50 dias. Os empregados exigiam aumentos, e a paralisação só foi encerrada após um acordo com o sindicato. Dessa forma, foi autorizado um aumento salarial de 38% ao longo de quatro anos.

Essa greve fez com que 33 mil funcionários cruzassem os braços, e gerou uma despesa superior a US$ 10 bilhões para a Boeing. Por conta da paralisação, a companhia já anunciou que a entrega do 777X, versão atualizada do bimotor, vai ser atrasada em um ano.

E a previsão é que haja ainda mais demissões na empresa. Afinal, o plano da fabricante de aviões é cortar 17 mil funcionários. Sendo assim, nos próximos meses outros cortes devem ser anunciados.

Posicionamento da Boeing

Para a AFP, a empresa de Seattle declarou que ajustou o nível de funcionários para se alinhar à realidade financeira atual e às novas prioridades. Os mais de 2 mil funcionários demitidos nesta semana vão deixar a companhia em janeiro, e receberam indenizações e plano de saúde por três meses.

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Fonte: IstoÉ Dinheiro