Brasil negocia compra de caças italianos para renovar frota da FAB
Por Paulo Amaral |
Os governos de Brasil e Itália vão aproveitar o encontro do G20, em novembro, para sacramentar a transação envolvendo 30 aviões de combate M-346. A intenção é renovar tanto as linhas de defesa da FAB (Força Aérea Brasileira) quanto da Marinha do país com os jatos europeus.
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Os modernos aviões fabricados pela Leonardo são considerados opções perfeitas para substituir os já obsoletos AMX e A4, e chegariam para reforçar a frota que hoje tem como principais expoentes os F-39 Gripen, de origem sueca.
O “namoro” entre os países para sacramentar o negócio com os caças é antigo, e começou em 2022. Na ocasião, o então comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Júnior, conheceu de perto os aviões M-346 durante visita às instalações da Leonardo na Base Aérea de Lecce, na Itália.
A avaliação do jato foi positiva e, desde então, os países vêm conversando para que as linhas de defesa do Brasil possam ser reforçadas com tais aeronaves, rotuladas como modernas e de custo acessível.
Como são os caças M-346?
O M-346, originalmente fabricado pela italiana Aermacchi em conjunto com a russa Yakovlev, é um jato subsônico para dois ocupantes, que segue um conceito bastante parecido com o A-1 AMX, também subsônico.
A Leonardo apresentou o renovado M-346 ao Brasil em julho, durante o Farnborough Air Show. Na ocasião, a fabricante exibiu a variante Bloco 20, otimizada para missões de ataque, já de acordo com as especificações utilizadas pela FAB.
O moderno caça foi desenvolvido para missões de treinamento ou, então, de combate leve. Por conta de sua versatilidade, hoje ele já é utilizado pelas Forças Armadas de seis países: Itália, Polônia, Catar, Grécia, Israel e Cingapura. Agora, ele está muito próximo de também se tornar uma importante arma de defesa para o Brasil.