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WhatsApp não diz quando lançará recurso de Comunidades no Brasil

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 09 de Junho de 2022 às 12h39

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Pixabay/EyestetixStudio
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O WhatsApp se manifestou novamente perante o Ministério Público Federal de São Paulo (MPF-SP), mas não disse quando pretende implementar o recurso Comunidades no Brasil. A novidade permite expandir a quantidade de integrantes dos grupos e facilitar o gerenciamento ao centralizar tudo em um só lugar.

Com as eleições marcadas para outubro de 2022, autoridades brasileiras estão preocupadas que a expansão ajude a criar redes ainda mais fortes de disseminação de fake news. A Procuradoria-Geral da República quer que a plataforma só libere a novidade por aqui em 2023, após senadores, deputados e o presidente da República serem empossados em seus cargos.

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A resposta da empresa desta vez informou que a “a funcionalidade está em fase de desenvolvimento, ainda não está disponível aos usuários em outros países, e que a implementação de novas funcionalidades no aplicativo é sempre feita de maneira informada, embasada e cautelosa”. Apesar disso, não estabeleceu a data, nem ao menos uma estimativa, sobre quando a novidade chegará nem em outros lugares.

Esta é a segunda manifestação oficial do WhatsApp ao Ministério Público desde maio. O documento de agora, obtido pela GloboNews, foi assinado por cinco advogados do escritório Mattos Filho e datado do dia 6 de junho. A plataforma se comprometeu apenas a implementar a funcionalidade "somente após eventual segundo turno das eleições de 2022, em data a ser definida".

Uso para fake news e insurreição

O MPF-SP tem um inquérito aberto desde o ano passado no qual investiga como as plataformas de mensageria, como WhatsApp e Telegram, atuam para espalhar desinformação. Com a proximidade do pleito, teme-se que a polarização política gere situações que saiam do controle, como ocorreu nas eleições dos Estados Unidos no ano passado.

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Na terra do Tio Sam, manifestantes organizaram protestos pelas redes sociais. Quando foi declarada a derrota do ex-presidente Donald Trump, centenas de pessoas atacaram o prédio do Capitólio, onde fica o Congresso norte-americano, numa ação que resultou em cinco mortos e vários feridos.

Aqui no Brasil, tanto os aplicativos quanto as redes sociais são usadas como fortes ferramentas políticas de manobra popular. O temor seria que os derrotados usassem da sua influência para atacar rivais ou conduzir tentativas de ações antidemocráticas, inclusive por meio de mentiras com potencial de viralização.

O WhatsApp informou que adota uma série de iniciativas para combater a desinformação, como recursos de denúncia e punição a usuários que descumprem as diretrizes da plataforma. Resta saber agora se o MPF ficará satisfeito com a resposta ou se tomará alguma medida contra o programa de mensagens mais popular do Brasil.

Fonte: G1