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WhatsApp não diz quando lançará recurso de Comunidades no Brasil

Por  • Editado por Douglas Ciriaco | 

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Pixabay/EyestetixStudio
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O WhatsApp se manifestou novamente perante o Ministério Público Federal de São Paulo (MPF-SP), mas não disse quando pretende implementar o recurso Comunidades no Brasil. A novidade permite expandir a quantidade de integrantes dos grupos e facilitar o gerenciamento ao centralizar tudo em um só lugar.

Com as eleições marcadas para outubro de 2022, autoridades brasileiras estão preocupadas que a expansão ajude a criar redes ainda mais fortes de disseminação de fake news. A Procuradoria-Geral da República quer que a plataforma só libere a novidade por aqui em 2023, após senadores, deputados e o presidente da República serem empossados em seus cargos.

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A resposta da empresa desta vez informou que a “a funcionalidade está em fase de desenvolvimento, ainda não está disponível aos usuários em outros países, e que a implementação de novas funcionalidades no aplicativo é sempre feita de maneira informada, embasada e cautelosa”. Apesar disso, não estabeleceu a data, nem ao menos uma estimativa, sobre quando a novidade chegará nem em outros lugares.

Esta é a segunda manifestação oficial do WhatsApp ao Ministério Público desde maio. O documento de agora, obtido pela GloboNews, foi assinado por cinco advogados do escritório Mattos Filho e datado do dia 6 de junho. A plataforma se comprometeu apenas a implementar a funcionalidade "somente após eventual segundo turno das eleições de 2022, em data a ser definida".

Uso para fake news e insurreição

O MPF-SP tem um inquérito aberto desde o ano passado no qual investiga como as plataformas de mensageria, como WhatsApp e Telegram, atuam para espalhar desinformação. Com a proximidade do pleito, teme-se que a polarização política gere situações que saiam do controle, como ocorreu nas eleições dos Estados Unidos no ano passado.

Na terra do Tio Sam, manifestantes organizaram protestos pelas redes sociais. Quando foi declarada a derrota do ex-presidente Donald Trump, centenas de pessoas atacaram o prédio do Capitólio, onde fica o Congresso norte-americano, numa ação que resultou em cinco mortos e vários feridos.

Aqui no Brasil, tanto os aplicativos quanto as redes sociais são usadas como fortes ferramentas políticas de manobra popular. O temor seria que os derrotados usassem da sua influência para atacar rivais ou conduzir tentativas de ações antidemocráticas, inclusive por meio de mentiras com potencial de viralização.

O WhatsApp informou que adota uma série de iniciativas para combater a desinformação, como recursos de denúncia e punição a usuários que descumprem as diretrizes da plataforma. Resta saber agora se o MPF ficará satisfeito com a resposta ou se tomará alguma medida contra o programa de mensagens mais popular do Brasil.

Fonte: G1