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Vivaldi acusa Microsoft de abuso do poder para promover Edge

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 13 de Dezembro de 2021 às 15h54

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Reprodução/Vivaldi
Reprodução/Vivaldi

O CEO e cofundador do Vivaldi Jon von Tetzchner acusa a Microsoft de voltar a usar os “velhos truques” abusivos para impulsionar a popularidade do Edge. Na semana passada, o executivo se disse frustrado por ver a dona do Windows envolvida mais uma vez em práticas anticompetitivas para impulsionar o navegador da casa.

Como exemplo, Tetzchner menciona a ocasião em que comprou um novo notebook com Windows e, assim que abriu o dispositivo pela primeira vez, tentou alterar o navegador padrão para o Vivaldi. O processo, porém, não foi fácil, já que o sistema operacional insiste no uso do Edge com janelas de confirmação, notificações, anúncios e mais.

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Recentemente, usuários relataram que a Microsoft começou a promover o próprio navegador assim que a página oficial de download do Chrome é acessada — algo parecido acontece com o Vivaldi. Em alguns casos, se a pessoa pesquisa pelo rival, o primeiro link encontrado no Bing (o buscador padrão do Edge) é um incentivo para continuar no programa nativo.

Além disso, se persistir na decisão de migrar, o usuário terá que encarar uma série de janelas de confirmação para trocar de navegador — inclusive, depois de colocar tudo em ordem no programa novo. Isso acontece tanto por meio de notificações, quanto pela inicialização automática do navegador nativo, às vezes quando há atualizações maiores.

Os velhos truques na manga

“A estratégia da Microsoft parece desesperada — e familiar. É claro que eles não querem que você use outros navegadores. Eles até oferecem pagamento para você usar o navegador por meio do programa Microsoft Rewards”, pontuou o CEO do Vivaldi. “Este não é o comportamento de uma empresa confiante, mas sim de uma companhia que abusa abertamente de sua posição de poder para levar pessoas para seu produto”, complementou.

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O executivo relembrou as primeiras décadas da internet popular, em que o Netscape, assumia o trono como programa mais famoso. Na época, para minar a presença do programa rival, a Microsoft embalou o Internet Explorer no Windows e impediu que qualquer marca licenciada instalasse outro browser direto de fábrica.

Tetzchner ressalta que a estratégia surtiu efeito, já que a popularidade do Netscape decaiu pouco tempo depois — é lógico que outros fatores também colaboraram com esse movimento. “A lição aprendida foi que um processo antitruste não é grandes coisas — é parte do negócio. Então, ao longo dos anos, eles encontraram outras formas de atingir o alvo. E eles estão nessa [estratégia] de novo”, disse.

Dá para superar a insistência

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A Microsoft pode ser bastante incisiva na promoção do Edge, mas ela não chega a sobrepor o desejo do usuário de migrar de navegador — ao menos, por enquanto. Se o usuário insistir no uso do programa preferido, ele vai conseguir fazer isso sem problemas, mas vai lidar com notificações do sistema hora ou outra.

Naturalmente, isso já é um duro golpe para navegadores menos populares como o Vivaldi, que sequer aparece nos gráficos de análise de mercado do site StatCounter. A briga da Microsoft pode ser contra os grandes — Firefox, o concorrente que disputa pelo terceiro lugar, Chrome e Safari —, mas na tentativa de superar esses rivais, os produtos menores são totalmente ofuscados.

Fonte: Vivaldi