TweetDeck pode virar recurso pago
Por Alveni Lisboa • Editado por Douglas Ciriaco |
O Twitter iniciou experimentos para transformar o TweetDeck em um recurso premium do serviço de assinatura Twitter Blue. Isso seria parte do plano da rede social para tentar popularizar o seu serviço e aumentar a arrecadação, afinal trata-se de ferramenta muito popular para gerenciamento de perfis.
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Segundo a desenvolvedora e leaker Jane Manchun Wong, o código-fonte do aplicativo móvel continha o experimento como parte de uma possível mudança futura. A versão observada foi para Android, mas o recurso afetaria todos os usuários com contas cadastradas.
O achado foi uma referência ao TweetDeck na lista de recursos do Blue, algo que não existe atualmente. Na semana passada, ela já havia encontrado um código que mostrava uma possível restrição de acesso ao serviço somente para quem tivesse uma assinatura válida. Quem tentasse logar sem possuir o Twitter Blue seria direcionado para uma página com informações para adquiri-lo.
Vale lembrar que o Twitter Blue não está disponível em todas as localidades, portanto um eventual corte deixaria milhões de usuários do Deck sem acesso da noite para o dia. Atualmente, o gerenciador é gratuito, não inclui anúncios e possibilita uma administração eficaz do perfil, portanto é usado para agendar posts ou acompanhar temas de interesse.
Fortalecimento do Blue
A Bloomberg já havia informado no passado, antes do lançamento do Twitter Blue, que o TweetDeck poderia ser incluído como um dos recursos pagos via assinatura. Seria uma das formas de convencer o usuário a pagar pelo serviço, sem precisar cobrar uma taxa separada, o que desagradaria muita gente.
Após a chegada do Twitter pago, nada foi dito sobre o fim da gratuidade do utilitário. O Blue chegou com melhorias como organizar favoritos, ler notícias em uma interface mais limpa, desfazer tuítes e vantagens extras.
Em 2017, o Twitter explorou a ideia de cobrar pelo uso do TweeDeck, mas a forte rejeição fez a plataforma do passarinho retroceder. Alguns usuários chegaram a preencher um formulário com ideias de quais recursos desejariam ver e se topariam pagar por uma "versão avançada" do serviço.
Por ser algo exclusivo no código (e não uma versão beta, por exemplo), pode ser que a rede social não tenha planos de fazer essa transição agora. Não houve manifestação oficial do Twitter sobre isso até o momento.
Fonte: Jane Manchun Wong, Bloomberg