Threads bloqueia pesquisas sobre covid-19 e outros "temas sensíveis"
Por André Lourenti Magalhães | Editado por Douglas Ciriaco | 12 de Setembro de 2023 às 10h14
O Threads bloqueou termos de pesquisa relacionados à covid-19 e vacinação na ferramenta de busca da rede social. Quem tenta pesquisar por alguma das palavras-chave encontra uma página em branco com um link para a autoridade de saúde local.
A rede social lançou a opção para pesquisar por posts na semana passada em alguns países selecionados — o Brasil ficou de fora, por enquanto. Logo após a chegada da função, residentes dos Estados Unidos encontraram o bloqueio na busca por notícias sobre a doença.
De acordo com uma resposta da Meta ao Washington Post, a decisão é intencional e temporária. Em comunicado, a criadora do Threads afirma que a “funcionalidade de pesquisa temporariamente não oferece resultados para termos que podem mostrar conteúdo potencialmente sensível” e que pode remover o bloqueio “quando estiver confiante na qualidade dos resultados”.
Outros termos considerados sensíveis, como “nudez” e “violência”, também estão bloqueados, segundo o jornal estadunidense. No caso das buscas por covid-19, a rede social exibe apenas um aviso para conferir as informações da doença com órgãos de saúde de cada país. Ao pesquisar pelo termo no Brasil, a rede envia um link para o Ministério da Saúde.
Chefe do Instagram já se posicionou contra notícias na rede
O chefe do Instagram, Adam Mosseri, já se posicionou anteriormente sobre o uso do Threads para notícias quentes e discussões políticas. Na opinião dele, ambos são temas importantes, mas qualquer engajamento ou faturamento que esses assuntos podem gerar não valeriam o escrutínio, a negatividade e os riscos à integridade que os acompanham.
Desde o lançamento, a rede reforçou a ideia de ser um espaço para integração entre comunidades. No entanto, a cobertura instantânea de notícias é um fator importante para plataformas de microblogging e um dos motivos que ainda deixam o Twitter no topo da categoria, além de facilitar o acesso à informação.
Fonte: Washington Post