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Telegram ainda não entrega respostas efetivas à Justiça, informa delegado da PF

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 15 de Junho de 2022 às 11h10

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Unsplash/Dima Solomin
Unsplash/Dima Solomin
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O Telegram ainda não colabora com investigações policiais, afirmou o delegado chefe de divisão de Repressão a Crimes Fazendários da Polícia Federal, Cléo Mazzotti. A autoridade afirma que a plataforma não entrega “respostas efetivas” ao que foi solicitado em perícias do órgão.

“A PF ainda está tentando conversar com o escritório [que representa o Telegram] para alinhavar caminhos, ver qual a melhor forma de encaminhar e ter os pedidos atendidos. O fato é que até o momento não estamos tendo respostas efetivas ao que foi solicitado [nas investigações]”, disse o delegado para a Folha de São Paulo.

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Desde março, o Telegram conta com representantes no Brasil para atender demandas locais. A nomeação aconteceu devido à iminente suspensão do mensageiro no país determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) — decisão revertida após as promessas da plataforma.

Segundo Mazzotti, a PF já se reuniu com os representantes do Telegram, mas as respostas obtidas não foram satisfatórias para o prosseguimento das investigações. Nos encontros, o órgão federal chegou a perguntar o que falta para o app conseguir responder às questões, bem como quais limitações técnicas os impediriam de colaborar.

Quais eram as perguntas da PF?

Na conversa com a Folha, a PF não entra em detalhes sobre quais seriam as questões mal respondidas. A ideia, porém, seria estabelecer os tipos de conteúdo que poderiam ser revelados às autoridades, além de quais detalhes poderiam ser compartilhados por pedidos simples, como ofícios.

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Recentemente, uma reportagem do jornal alemão Der Spiegel apontou que o Telegram compartilhou informações sobre suspeitos de abuso infantil e terrorismo com o governo alemão. O país teria pressionado a plataforma há algum tempo para auxiliar nas investigações de grupos de extrema-direita e, após certa dificuldade, a convenceu de fornecer detalhes sobre potenciais criminosos.

No FAQ do Telegram sobre o compartilhamento de informações de usuários, o mensageiro esclarece que divulgará endereços de IP e números de telefone caso receba ordens judiciais — até agora, porém, "isso nunca aconteceu", pontua a empresa.

Fonte: Folha de São Paulo