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Postos de gasolina enganam consumidor com preços menores exclusivos do app

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 14 de Abril de 2022 às 14h26

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ThamKC/Envato Elements
ThamKC/Envato Elements

Postos de gasolina de bandeiras reconhecidas oferecem descontos para quem pagar pela gasolina em aplicativos próprios há algum tempo. O problema é que essa prática tem enganado muita gente, que não se atenta para esse "detalhe" e acaba pagando o preço da bomba em vez de ter o desconto prometido.

A prática é bastante comum nas grandes capitais e tem como foco atrair o cliente. Com o preço médio do litro da gasolina na faixa dos R$ 7,00, muitos se sentem atraídos por uma placa com o custo de R$ 5,39 ou inferior. Já não basta pagar o absurdo preço da gasolina, o consumidor brasileiro ainda precisa baixar  apps e se ligar antes de mandar completar o tanque.

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O problema é que as placas com o desconto estão quase sempre à frente das que trazem o preço real — em alguns estabelecimentos, os preços da bomba nem são mencionados. Nenhuma das propagandas analisadas deixa de mencionar o programa de vantagens e até trazem links para download do app, mas isso pode não ser visível quando se está em um carro a 60 km/h em avenidas.

Como se já não bastasse a estratégia, alguns frentistas não mencionam a promoção antes do abastecimento, logo muita gente fica com apenas duas opções: mandar retirar o combustível (trabalhoso e demorado) ou pagar o valor cheio. Se você está atrasado para o trabalho ou tem algum compromisso, qual das soluções optaria?

Apps que dão desconto

Em geral, os aplicativos de empresas de combustíveis funcionam como "programas de vantagens" com o acúmulo de pontos. Cada vez que o consumidor abastece, soma uma quantidade que pode ser trocada por brindes, produtos ou descontos no preço final da gasolina, etanol e diesel.

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Estes são os três principais aplicativos das empresas de combustíveis do país:

Polêmica em vários locais

O Código de Defesa do Consumidor, em seu artigo 6º, ressalta ser direito do consumidor a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva. Cabe aos órgãos de defesa analisarem a propaganda agressiva, com preços em letras garrafais e menções à aplicativos em fontes pequenas, e autuar quem descumpre as normas.

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No Distrito Federal, o Instituto de Defesa do Consumidor (Procon-DF) e a Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor (Prodecon) do Ministério Público proibiram a prática em 2020. Os órgãos estabelecem que os descontos oferecidos por meio desses programas devem aparecer em segundo plano, com destaque menor do que o preço aplicado na bomba.

Esses preços menores são obtidos por meio de cashback, programas de pontos que retornam como recompensa para o consumidor. Usar isso como um chamariz para o público seria errado, na visão do Ministério Público do DF, porque é aplicável somente a quem já abasteceu antes.

Desde julho passado, 70 postos de combustíveis já foram autuados em Brasília por desfavorecer o valor real e anunciar em destaque o preço do combustível para pagamento exclusivo por aplicativo. Não há dados ao nível nacional que revele essa prática.

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Agora, essa prática parece ter se estendido para outras localidades, inclusive cidades de pequeno e médio porte. Resta saber se as autoridades nacionais vão deixar nas mãos de cada município resolver esse problema ou se tomarão alguma medida para coibir os abusos.

Fonte: Bom Dia BrasilDiário do LitoralAgência Brasília