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Pesquisa no Bard custa 10 vezes mais que no Google "normal", revela executivo

Por  • Editado por Douglas Ciriaco | 

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Google/Divulgação
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Fazer perguntas ao GoogleBard pode custar até 10 vezes mais do que uma busca normal por palavra-chave no Google convencional. A afirmação veio do presidente da Alphabet, John Hennessy, a proprietária do buscador, em entrevista concedida à Reuters.

Segundo Hennessy, o chatbot da companhia alimentado por IA exige um poder computacional muito maior que a pesquisa do buscador tradicional. Isso implica na necessidade de servidores melhores para rodar o sistema, com componentes mais caros e um consumo maior de eletricidade.

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Há também um desgaste maior das peças e, com isso, exigência de troca de chips com mais frequência. Não entra na conta a necessidade de contratação de profissionais especializados, que talvez precisem entrar no time para manter as IAs generativas atualizadas e úteis.

A matéria da Reuters trouxe alguns cálculos que impressionam pelo custo. Segundo a publicação, analistas acreditam que a diferença pode chegar a bilhões de dólares em alguns anos, o que pode impactar o caixa da empresa e exigir novas formas de monetização.

O custo projetado de uma pesquisa feita com o Bard deve variar bastante. Há quem aposte em valores na casa dos US$ 6 bilhões extras (cerca de R$ 30 bilhões) até 2024, caso as respostas tenham, em média, 50 palavras e usem um modelo parecido com o adotado pelo ChatGPT. Em outra análise, a expectativa de gasto seria metade do valor, cerca de US$ 3 bilhões (aproximadamente R$ 15 bilhões), se o modelo adotado for mais parecido com o mecanismo de busca atual.

Custo milionário para empresas de IA

O montante assusta qualquer empresa, mas poderia impactar até mesmo no Google. A companhia precisou reduzir pessoal — cerca de 12 mil funcionários — recentemente para equilibrar os custos operacionais, e também estão previstos cortes em aluguéis de escritórios, regalias e indenizações.

Uma das soluções de curto prazo seria executar uma versão reduzida do chatbot, uma mistura entre o buscador e o modelo LaMDA. Ainda não está claro como isso funcionaria, mas, conforme o CEO da Alphabet, isso poderia resultar em redução nos custos de forma temporária, até a companhia encontrar uma alternativa mais barata.

Como hoje todas as ferramentas são gratuitas, ficaria difícil para uma empresa de médio porte entrar no nicho. Mesmo para as gigantes do mercado seria inviável manter uma IA apenas por capricho, sem pensar em um potencial ganho financeiro.

O maior desafio atual é reduzir os custos de IAs generativas sem abdicar da precisão. É algo que os executivos definitivamente precisam colocar na balança juntamente com formas inovadoras de lucrar com o serviço, assim é possível compensar o aumento dos custos.

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Fonte: Reuters