Publicidade

Metaverso desencadeia compra desenfreada por imóveis virtuais

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 06 de Dezembro de 2021 às 13h59

Link copiado!

Meta
Meta

A explosão do conceito de metaverso começou a desencadear um mercado especulativo imobiliário: o de compra de ativos, terrenos, casas e outros bens no mundo virtual. Embora possa parecer loucura para muita gente, os milhões de dólares investidos neste segmento podem ser recuperados futuramente quando houver a valorização dos bens ou com base na exploração do espaço, com aluguéis ou revenda.

Esse movimento já existia antes, mas parece ter se intensificado após o anúncio da Meta (antigo Facebook Inc.) de investir na criação de um metaverso específico que integre todos os seus serviços e tecnologias em um só lugar. Microsoft, Nike, Quallcom, Disney e outras companhias gigantes já demonstraram interesse em participar ativamente deste ambiente virtual, seja com soluções próprias ou com a venda de seus produtos para avatares.

Continua após a publicidade

Para se ter uma ideia, há cerca de duas semanas, um terreno no mundo online Decentraland foi vendido por um valor equivalente a US$ 2,4 milhões (R$ 13,5 milhões). Alguns dias antes, o governo de Barbados havia anunciado planos para criar uma "embaixada virtual" neste mesmo universo digital. Uma empresa chamada Neva York Republic Realm anunciou ter investido US$ 4,3 milhões (R$ 24,3 milhões) para compra de terrenos digitais no game The Sandbox.

Metaverso em alta

Ainda que o conceito de metaverso não seja algo novo (lembre-se do Second Life), o tema ganhou impulso graças aos anúncios das grandes corporações, um claro indício de um futuro sem volta neste aspecto. O site Dapp, especializado em análise de dados, revelou aportes de quase US$ 100 milhões apenas na última semana em três plataformas: The Sandbox, Decentraland, Cryptovoxels e Somnium Space.

Continua após a publicidade

A Tokens.com comprou um pacotão de terrenos no região de Fashion Street da Decentraland para servir de base para diversas lojas de luxo interessadas em adentrar no game. O CEO da empresa, Andrew Kiguel, a lógica é a mesma do mercado imobiliário tradicional e a aposta é de valorização dos espaços digitais. Um exemplo claro disso foi a venda de uma bolsa digital da Gucci na plataforma Moblox, que custou mais caro que o valor dela no mundo físico.

Kiguel espera que a rua da moda da Decentraland seja algo parecido com a Quinta Avenida de New York ou com Beverly Hills, na Califórnia. Os terrenos adquidos, então, podem ser revendidos a depender da oferta, alugados ou explorados comercialmente para veicular anúncios de marcas de luxo famosas.

Fonte: AFP