Instagram passa TikTok e se torna o app mais baixado no mundo
Por Ricardo Syozi • Editado por Douglas Ciriaco |
Demorou, mas o Instagram finalmente tomou o primeiro lugar do TikTok na lista de aplicativos mais baixados no mundo. Os dados da SensorTower são baseados no ano de 2023 e mostram que a rede social de vídeos e fotos da Meta alcançou a marca de 767 milhões de downloads, um aumento de 20% em comparação a 2022, enquanto o rival chinês foi baixado 733 milhões de vezes e cresceu 4% no mesmo período.
Reels colocou Instagram de volta ao topo
De acordo com a companhia de inteligência de marketing responsável pelo levantamento, a vitória recente do Instagram se deve à popularização do recurso Reels, que oferece vídeos curtos muito similares aos vistos no TikTok.
Além disso, aprimoramentos no compartilhamento de fotos e a função do Stories — que se assemelha ao Snapchat, com fotos e vídeos que ficam no ar por 24h — também podem ser considerados motivos para a ascensão do software da empresa de Mark Zuckerberg.
Vale lembrar que o TikTok liderou o mercado global de apps entre os anos de 2018 e 2022 com um crescimento exponencial. No entanto, as frequentes atualizações do Instagram, inclusive copiando o rival chinês em coisas como o Reels, parece ter sido suficiente para reconquistar o topo que não via desde 2017.
Atualmente, a rede social da Meta tem aproximadamente 1,5 bilhão de usuários ativos por mês.
Maior apelo demográfico ajuda o Instagram
Há outros fatores que podem ter ajudado o Instagram a superar o TikTok em 2023. Um deles é o maior apelo demográfico, já que a rede social da China é considerada por muitos como um produto “para crianças e adolescentes”, enquanto seu rival agrada uma parcela maior de pessoas de todas as idades.
O TikTok também enfrenta muitas dores de cabeça na Justiça, em especial nos Estados Unidos. Em março do ano passado, o CEO da empresa, Shou Zi Chew, começou a depor perante o Congresso estadunidense sobre como a plataforma de vídeos curtos lida com dados de usuários. Atualmente, a rede corre um sério risco de ser banida do país norte-americano.
Essa movimentação pode ter ferido a imagem da marca aos olhos do público dos EUA, um dos maiores consumidores de redes sociais do mundo, segundo o Pew Research Center, laboratório que fornece informações sobre questões, atitudes e tendências.