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iMessage no Android? Ideia foi proposta por executivo da Apple em 2013

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 29 de Abril de 2021 às 10h15

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Reprodução/Apple
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O Android e o iOS competem pelo mercado de smartphones com suas próprias cartas na manga — uma, para o lado da Apple, é o iMessage. O mensageiro é uma exclusividade de peso para iPhones e ocupa um valor estratégico para a marca, mas essa restrição teria sido questionada por um executivo da empresa ainda em 2013.

Graças à visão de Eddy Cue, atual vice-presidente de softwares e serviços da Apple, o suporte ao sistema Android foi cogitado dentro dos escritórios da companhia, mas a ideia logo foi descartada por outros executivos. As informações vêm de novos detalhes levantados na batalha judicial travada pela Epic Games contra a Apple.

Documentos revelados no processo detalharam conversas entre Cue e o vice-presidente sênior de engenharia de software da Apple, Craig Federighi, em que o primeiro se mostra preocupado com os rumores relacionados à compra do WhatsApp pelo Google. Para entrar na disputa, a Apple deveria criar uma versão do seu mensageiro para o sistema rival.

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“Precisamos levar o iMessage para o Android”, comentou Cue num dos e-mails enviados para Federighi em 2013. “Tenho um grupo de pessoas investigando isso, mas deveríamos ir com tudo e fazer disso um projeto oficial. [...] Queremos perder um dos aplicativos mais importantes do segmento mobile (WhatsApp) para o Google? Eles têm pesquisa, e-mail, plataformas de vídeo e um crescimento evidente em navegadores. Temos o melhor mensageiro do mercado e nós deveríamos elevá-lo como referência”, completou.

Cue não tinha ideias de como monetizar o serviço na época, mas o mensageiro não seria “inviável” para a Apple. Federighi, por sua vez, rejeitou a ideia logo de cara. “Você tem algum argumento que demostre como poderíamos tornar a troca do WhatsApp pelo iMessage interessante para usuários Android que não têm amigos com iOS?”, questionou.

“Sem contar a estratégia de se tornar o principal serviço de mensagens para a maioria dos celulares, me preocupo se o iMessage no Android simplesmente removeria um obstáculo para que as famílias com iPhone deem celulares Android aos seus filhos”, completou Federighi.

Alguma coisa mudou no caminho

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Questionado na audiência se concordava que a exclusividade era realmente um obstáculo para pais darem celulares Android para os filhos, Cue nega. Esse mesmo argumento, no entanto, confronta comentários de Phil Schiller, vice-presidente de marketing da Apple, que defendeu que “levar o iMessage para o Android prejudicaria a Apple mais do que ajudaria” para um funcionário não identificado.

A briga na justiça, portanto, tem mais cartas na mesa a partir de agora. Cue se mostra consciente de que movimentou equipes de desenvolvedores para ampliar o iMessage para o Android e teve sua ideia rejeitada desde 2013. O executivo discorda que a fidelização de usuários no iOS tenha sido prejudicial dentro de famílias, mas seu argumento não livraria a barra da Apple nos problemas apontados pela Epic Games nesse quesito.

Na última quarta-feira (27), o Bloomberg informou que o atual vice-presidente da área de games do Facebook, Vivek Sharma, que testemunharia em nome da Epic Games, foi cortado da lista. A Apple teria reclamado formalmente da velocidade da convocação do executivo, mas não há confirmação se essa foi a causa da sua remoção.

A história entre as duas companhias deve continuar, ao menos pelos próximos meses. As mudanças decorrentes dessa disputa judicial podem ser determinantes para o cotidiano dos donos de iPhone e, quem sabe, o retorno de Fortnite à App Store. De toda forma, a dica que fica é que continue com o Canaltech para saber as principais novidades.

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Fonte: The Verge, Bloomberg