Google demite engenheiro que acusou IA de ter criado consciência
Por Igor Almenara • Editado por Douglas Ciriaco |

Após afastamento temporário, o engenheiro Blake Lemoine foi demitido do Google. Em junho, o profissional acusou a inteligência artificial da companhia, LaMDA, de ter criado consciência equivalente a de uma criança “que, por acaso, conhece física”.
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Foi o próprio Lemoine que divulgou a notícia durante sua participação no podcast Big Technology, gravado na última sexta-feira (22). Ele diz ter sido avisado do desligamento por e-mail e um convite para uma videoconferência.
O Google confirmou a informação logo depois para portais de notícias estadunidenses e justificou a decisão dizendo que o engenheiro violou “políticas de segurança de dados”. Lemoine agora considera opções contra a empresa junto a advogados.
O LaMDA (Language Model for Dialogue Applications), uma das inteligências artificiais do Google, é um projeto da empresa para a construção de chatbots. A plataforma foi apresentada em maio do ano passado, durante o Google I/O 2021, e seria uma alternativa para criação de assistentes com altíssima capacidade de interpretação de linguagem natural.
Durante o desenvolvimento, porém, Lemoine acreditou que a IA havia criado consciência — e até fez uma entrevista com ela. “Se eu não soubesse exatamente o que ele era, esse programa de computador construído por nós recentemente, pensaria se tratar de uma criança de 7, 8 anos que, por acaso, conhece física”, comentou Lemoine em entrevista para o The Washington Post.
Pronunciamento do Google
Em comunicado, o Google reforça que as informações divulgadas pelo engenheiro sobre a consciência de LaMDA são infundadas.
“Essas discussões são parte de uma cultura aberta que nos ajuda a inovar de forma responsável. Então, é uma pena que apesar do grande engajamento interno sobre este tópico, Blake continuou insistindo em violar persistentemente políticas de emprego e segurança de dados que incluem a necessidade de proteger informações sobre o produto”, pontuou o Google.
Fonte: The Washington Post