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Golfo do México e mais: 3 polêmicas sobre o Google Maps

Por  • Editado por Bruno De Blasi | 

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André Magalhães/Canaltech
André Magalhães/Canaltech

O Google Maps anunciou que vai mudar o nome do Golfo do México para Golfo da América nos Estados Unidos após uma ordem executiva do presidente do país, Donald Trump. A medida causou polêmica, mas não é o único episódio em que a plataforma aparece no meio de impasses geopolíticos. 

O Canaltech separou algumas situações em que o Google Maps adota medidas excepcionais para lidar com questões de fronteiras e nomenclaturas de regiões, o que pode ter grande impacto diplomático em cada local:

  • Nomes de regiões
  • Fronteiras em disputa
  • Visualização diferente por país
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1. Nomes de regiões

A situação com o Golfo do México é apenas um exemplo da postura do Google para nomear regiões no Maps. Em comunicado no X, a empresa informou que adota uma prática de “aplicar mudanças de nomes quando são atualizados em fontes oficiais do governo” e vai usar o novo nome quando a mudança aparecer no Sistema de Informações sobre Nomes Geográficos (GNIS, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.

A Big Tech reforçou que quando existe uma situação em que os nomes variam entre dois países diferentes, o usuário vê a nomenclatura oficial adotada pelo país em que ele está localizado, enquanto o resto do mundo consegue ver ambos os nomes

Isso acontece, por exemplo, com as Ilhas Malvinas, região de disputa entre Argentina e Inglaterra que recebe o nome de Ilhas Falkland pelos ingleses: ao acessar o local no mapa, é possível ver ambos os nomes, com um deles entre parênteses. Outro exemplo comum está na área conhecida como Mar do Japão, reconhecida pela Coreia do Sul como Mar do Leste — o Maps mostra o local como “Mar do Japão (Mar do Leste)”.

2. Fronteiras em disputa

O Google Maps procura adotar posições neutras diante de conflitos geopolíticos. Por isso, a plataforma usa uma linha preta tracejada para identificar regiões que passam por disputas territoriais nas quais as partes envolvidas não concordam sobre o limite. 

Alguns exemplos incluem a península da Crimeia, disputada entre Rússia e Ucrânia, e a região de Essequibo, que originalmente pertence à Guiana mas tem a localização reivindicada pela Venezuela.

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3. Visualização diferente por país

Além de usar a linha tracejada, o Google Maps pode mostrar uma visualização diferente da fronteira dependendo do país em que você acessa a plataforma. 

É o caso da região Arunachal Pradesh, disputada pela China e pela Índia. Ao acessá-la pelo Google Maps no Brasil, a plataforma mostra a fronteira como um território em disputa. Porém, ao procurá-la com uma VPN conectada na Índia, o resultado mostra a região como um território indiano

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De acordo com uma reportagem do jornal Washington Post publicada em 2020, a mudança nas fronteiras também pode ser identificada na península da Crimeia e na fronteira entre Marrocos e Saara Ocidental. 

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