Cemitério da Microsoft | 10 programas e serviços abandonados pela MS
Por Igor Almenara • Editado por Douglas Ciriaco |
Com quase 50 anos desde sua fundação, a Microsoft é uma das principais empresas de tecnologia de todos os tempos. Dona de um dos sistemas operacionais mais usados no mundo, o Windows, ela também está presente no mundo dos games com o Xbox e inúmeros estúdios de desenvolvimento de jogos e muito mais.
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Porém, ao longo das décadas, a Gigante de Redmond deixou muito dos seus projetos para trás, seja para dar luz para plataformas mais novas e modernas, seja para aposentar ideias que não foram muito bem fundamentadas. O Canaltech relembra agora alguns dos programas e serviços da MS que ficaram pelo caminho.
10. Microsoft Live
Se você usava internet nos anos 2000, certamente se lembra do ecossistema de programas Microsoft Live. A plataforma unia ferramentas de produtividade, utilitários, sites, jogos, mensageiros e mais — era um pouco do que o Microsoft 365 é atualmente, mas com um escopo bem maior.
A Live deixou de existir aos poucos, e alguns dos programas que ela abrigava seguiram vivos, mesmo que de forma diferente: Live Mail e Hotmail viraram o Outlook, e o Live Messenger foi sacrificado para dar mais corpo ao Skype e por aí vai.
9. MSN Messenger
Criado em julho de 1999, o MSN Messenger foi um importante mensageiro na história da internet brasileira. Ele era um app de mensagens instantâneas parecido com o ICQ que marcou o público com o botão de “Chamar atenção”, exibir músicas no perfil, emoticons e Winks, animações que expressavam emoções de forma divertida (e incômoda, às vezes).
Eventualmente, o programa se fundiu com o Windows Messenger e virou o Windows Live Messenger. Então, em novembro de 2012, o programa começou a ser abandonado em detrimento do Skype, escolhido para ser a plataforma de comunicação da MS. Em maio de 2013, o MSN foi encerrado definitivamente.
8. So.cl
O So.cl (pronunciado “Social”) foi uma rede social da Microsoft lançada em dezembro de 2011 e tinha dinâmica bem parecida com o Facebook. A plataforma permitia interagir com amigos e familiares com publicações no feed (inclusive, fotos), fazer comentários e acompanhar assuntos que mais gosta e seguir pessoas.
A plataforma existiu até março de 2017, quando foi tirado do ar de vez. Na publicação de encerramento, a Microsoft não detalhou o motivo do fim, mas provavelmente a baixa adesão tenha sido o gatilho.
7. Zune
O Zune não era só um serviço, mas também uma marca de reprodutores de mídia portáteis tipo o iPod. A plataforma foi inaugurada num aparelho de 30 GB de armazenamento interno em novembro de 2006, suportava músicas (incluindo MP3), fotos e vídeos e tinha conexão Wi-Fi.
Em 2011, a Microsoft deixou de produzir os dispositivos da marca Zune e, em 2015, a plataforma inteira (que contava com loja de músicas para streaming, a Zune Marketplace) foi descontinuada.
6. Groove Music
O Groove Music foi a tentativa malfadada da Microsoft de ressignificar a marca Zune e competir no mercado de streaming. O programa/serviço lançado em outubro de 2012 contava com um catálogo de 30 milhões de músicas e permitia ouvir arquivos salvos no computador.
Em 2017, o rival do Spotify teve o encerramento decretado pela Microsoft. Nem mesmo o programa reprodutor de mídias seria mantido pela companhia.
5. Windows Phone
Não dá para falar em projetos abandonados da Microsoft sem citar um dos principais: o Windows Phone. O sistema operacional foi a tentativa da companhia de se tornar um terceiro competidor na briga entre o Android e iOS e, de certa forma, até que fez sucesso.
O visual atrativo do Live Tiles foi um dos fatores mais importantes do Windows Phone, e a uniformização do design com o Windows colocou o SO no radar de usuários de PC.
Após várias transformações e decisões questionáveis, o Windows Phone perdeu popularidade. A última versão do sistema, o Windows 10 Mobile, fornecia uma integração muito íntima com o SO para desktop, mas já era tarde demais para reconquistar o público.
Então, em outubro de 2017, a companhia admitiu que o Windows Phone estava morto. A gigante se comprometeu a manter o suporte para o sistema por mais alguns anos e, em 2020, lançou a última atualização para o sistema.
4. Internet Explorer Mobile
Outra ideia mal sucedida da Microsoft no mercado de celulares foi o Internet Explorer Mobile. O programa era um braço do clássico navegador adaptado para celulares e esteve no portfólio da Microsoft desde 2008, apesar de ser um sucessor (quase) direto do Pocket Internet Explorer lançado em 1996.
O Internet Explorer 11 foi a última versão do programa. Ela foi liberada em julho de 2014 com suporte para modo de leitura, navegação anônima (aqui, chamada de InPrivate), upload de arquivos, armazenamento de senhas e a possibilidade de abrir infinitas abas.
3. Versões antigas do Windows
O Windows é um dos sistemas operacionais mais usados atualmente, mas nem ele passou intacto na Microsoft: a cada novo lançamento, uma das versões antigas do programa era deixada para trás — e isso acontece até hoje. Com isso, clássicos como o Windows 95, o Windows XP e o Windows 7 não recebem mais atualizações e não são mais distribuídos pela companhia.
A trajetória do Windows é longa e, sem dúvidas, enfrentou altos e baixos (você se lembra do Windows 2000?). É impossível dizer que a família inteira de sistemas é um fracasso, mas que algumas das suas revisões não foram novidades tão interessantes para o público.
2. Windows Movie Maker
O Windows Movie Maker também não foi necessariamente um fracasso, mas ele deixou de ser um produto interessante para a Microsoft. O editor de vídeo passou por inúmeras revisões para equipar diferentes versões do Windows, até que em 2017 ele foi oficialmente descontinuado pela gigante.
A ideia era permitir que qualquer pessoa pudesse criar, editar e retrabalhar filmes caseiros no computador. Contudo, o programa era bem básico e provavelmente não conseguiu competir com a praticidade de ferramentas alternativas para computador ou celular.
1. Yammer
Comprado em 2012, o Yammer era uma rede social corporativa integrada ao pacote Office pensada para otimizar a oferta de serviços empresariais.
Por anos, a plataforma cresceu para se fundir com o Viva Engage, outro produto da MS pensado para corporações. Então, em 2023, a empresa anunciou que essa incorporação enfim vai acontecer, sem dar data específica.