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Apple remove o "Tinder dos antivacinas" da App Store

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 02 de Agosto de 2021 às 12h42

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Foto: Laurenz Heymann (Unsplash)
Foto: Laurenz Heymann (Unsplash)

A Apple removeu no último final de semana um aplicativo de relacionamento destinado a pessoas não vacinadas da sua loja virtual. O Unjected é acusado de violar as políticas de conteúdo da Maçã contra a COVID-19, que veda qualquer tipo de app que estimule a desinformação quanto à pandemia.

Em um vídeo postado no Instagram, a criadora do app, Shelby Thomson, acusou a proprietária da App Store de censura. "Aparentemente, somos considerados 'demais' para compartilhar nossa autonomia médica e liberdade de escolha", disse. O perfil do app contava com mais de 25 mil seguidores e foi retirado do ar pelo Instagram, mas já tem uma nova conta com 1,5 mil pessoas.

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A empresa antivacina publicou também um print de tela da mensagem de retirada da Apple. O aviso alertava que o aplicativo se referia inadequadamente à pandemia COVID-19 em seu conceito ou tema.

Em sua defesa, a Apple citou entrevistas nas quais os fundadores do Unjected disseram que seu aplicativo era para "indivíduos não vacinados de mentalidade semelhante". Ao site Business Insider, a Maçã disse que já havia rejeitado o programa antes, mas resolveu o reintegrar após atualizações.

Ocultação do objetivo

Quando tiveram o problema pela primeira vez, os proprietários do programa pediram aos usuários que evitassem usar temos como antivax (antivacina), jabbed (espetado) e microchip, termos relacionados ao movimento antivacinas. Essa tentativa de enganar os analistas da Apple seria mais uma razão para reforçar a violação das políticas da App Store.

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A empresa também excluiu recursos como um feed social e um “banco de sangue”, na tentativa de permanecer na loja. Durante o tempo que ficou online, o app teve mais de 18 mil downloads.

O Unjected foi lançado em maio como um aplicativo de namoro tradicional, mas depois lançou recursos para revelar seu verdadeiro objetivo. Uma das adições contava com uma lista de empresas que “respeitam a autonomia” e “promovem a liberdade”, mas que, na prática, eram companhias que não se importavam com presença de pessoas ligadas a movimentos antivacina, supremacistas e outros tipos de extremismos.

Políticas de segurança online

As políticas da loja virtual do iOS exigem que informações de saúde e segurança sobre a COVID-19 sejam de fontes reconhecidas, como grandes veículos de comunicação, órgãos governamentais, organizações respeitadas de saúde ou empresas respeitadas no segmento médico.

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Na Play Store, o aplicativo ainda continua disponível. Nem mesmo as avaliações negativas dos usuários fizeram com que o Google tomasse alguma providência — cerca de 3,3 estrelas, com muitos relatos negativos. Muitas reclamações não são apenas quanto à temática perigosa e de ameaça à saúde pública, mas também quanto a usabilidade do app.

Fonte: Business Insider, Google Play Store