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Apple estaria removendo concorrentes do Screen Time da App Store; empresa nega

Por| 29 de Abril de 2019 às 16h25

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Apple estaria removendo concorrentes do Screen Time da App Store; empresa nega
Apple estaria removendo concorrentes do Screen Time da App Store; empresa nega
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Desde que lançou o aplicativo nativo Screen Time em setembro do ano passado, a Apple está promovendo um expurgo de apps similares da App Store, de acordo com reportagem do New York Times. O Screen Time permite ao usuário monitorar o tempo que passa no dispositivo para acabar com o vício em smartphones.

O aplicativo está disponível em aparelhos com o iOS 12. Até o momento, foram eliminados 11 de 17 aplicativos populares para o gerenciamento de tempo e controle dos pais da App Store. De acordo com relatos, o mês de dezembro foi o pior para os desenvolvedores: a remoção de apps aumentou e só por isso o movimento da Apple foi identificado.

"Eles nos removeram do nada e sem aviso", disse o diretor-presidente do OurPact, Amir Moussavian, em entrevista ao New York Times. "Eles estão sistematicamente matando a indústria".

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Em muitos casos, os aplicativos removidos tinham até mais recursos do que o Screen Time. Um deles permitia aos pais donos de iPhone que monitorassem os dispositivos Android de seus filhos. Outros bloqueiam conteúdo inapropriado em diversos navegadores, não apenas no Safari.

Ainda que pareça uma decisão autoritária da Apple, a remoção está prevista nas diretrizes da App Store – a qual todos os desenvolvedores devem concordar antes de publicar um aplicativo. Uma delas diz que aplicativos "semelhantes a algum produto, interface ou aplicativo da Apple" serão excluídos.

Alguns desenvolvedores ainda teriam sido informados de que estavam potencialmente violando a Lei de Proteção à Privacidade Online das Crianças (COPPA, na sigla em inglês). No entanto, vale ressaltar que muitas seções da COPPA podem ser contornadas com o consentimento dos pais.

O que diz a Apple

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Procurada pelo Canaltech, a Apple disse que removeu vários aplicativos de controle dos pais "por um simples motivo: eles colocam em risco a privacidade e a segurança dos usuários".

Ainda de acordo com a empresa, eles detectaram no ano passado que muitos aplicativos usavam uma tecnologia invasiva chamada Mobile Device Management (ou MDM, na sigla em inglês). "O MDM fornece controle e acesso de terceiros sobre um dispositivo e suas informações mais confidenciais, incluindo localização do usuário, uso do aplicativo, contas de e-mail, permissões de câmera e histórico de navegação", comentou. "O MDM tem usos legítimos. Às vezes, as empresas instalam o MDM em dispositivos corporativos para manter um controle melhor sobre dados e hardware proprietários. Mas é extremamente arriscado – e uma clara violação das políticas da App Store – que uma empresa privada de aplicativos focada no consumidor instale o controle do MDM sobre o dispositivo de um cliente".

A Apple ainda diz que os celulares com o MDM podem ser hackeados e usados para fins maliciosos. "Ninguém, exceto você, deve ter acesso irrestrito para gerenciar o dispositivo de seu filho. Quando descobrimos essas violações de diretrizes, comunicamos essas violações aos desenvolvedores de aplicativos, dando a eles 30 dias para enviar um aplicativo atualizado para evitar a interrupção da disponibilidade na App Store. Vários desenvolvedores lançaram atualizações para alinhar seus aplicativos a essas políticas. Aqueles que não o fizeram foram removidos da App Store".

A empresa ainda alfinetou a reportagem publicada pelo NYT. "A Apple sempre apoiou aplicativos de terceiros na App Store que ajudam os pais a gerenciar os dispositivos de seus filhos. Ao contrário do que o New York Times relatou no fim de semana, isso não é uma questão de competição. É uma questão de segurança".

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Fonte: Apple Insider