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Empresa acusa Uber de espionar vida de usuários Android

Por| 27 de Novembro de 2014 às 12h15

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Antes visto como uma revolução no mundo do transporte privado, agora o Uber está cada vez mais envolvido em polêmicas. Após diversas acusações de abuso e práticas antiéticas, o serviço agora é acusado de espionar seus usuários a partir do aplicativo de chamada de carros no Android.

À revista Forbes, a empresa de segurança GironSec afirma que o software é capaz não apenas de coletar as informações necessárias para seu funcionamento – como dados de localização ou bancários para pagamentos, por exemplo –, mas também o log de chamadas, mensagens de texto, informações sobre o aparelho, uso de dados do cliente e até mesmo a localização, ID e protocolo de segurança de redes WI-Fi que estejam nas proximidades.

Todas essas informações estariam sendo enviadas para os servidores da empresa e muitos dos usuários nem mesmo fazem ideia de que isso está acontecendo. As permissões para tudo isso são dadas sem que o utilizador perceba e, enquanto muitos dos dados podem até ser encarados como uma tentativa do Uber de buscar bugs e conhecer melhor sua base de clientes, outros não têm a menor razão para serem coletados pela companhia.

As informações surgem pouco depois de rumores recentes que afirmam que o Uber espiona seus usuários para fins de venda de publicidade e ganho financeiro. Além disso, a empresa é acusada de criar fundos e contratar pessoas para perseguirem jornalistas de tecnologia e críticos do serviço. Ainda, executivos e motoristas da empresa são acusados de assédio sexual e moral contra funcionárias e até mesmo passageiras.

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Acima de tudo isso, o tipo de permissão entregue pelos usuários, quando comparada com os dados que são coletados pelo Uber, seria suficiente para que o aplicativo fosse banido da Google Play. A forma de atuação seria a mesma de um malware e, anteriormente, a empresa já agiu assim com outros softwares legítimos, interrompendo novos downloads e bloqueando softwares específicos.

Em um comunicado enviado à revista norte-americana, a empresa afirma que as permissões e dados coletados têm a ver com a experiência “completa” que o serviço proporciona e que, de maneira alguma, as informações são utilizadas para fins de publicidade ou ganho financeiro. Mais do que isso, diz que esse tipo de atuação é comum na indústria e não se trata de algo exclusivo da plataforma.

Seria uma declaração tradicional e comum para qualquer empresa, não fosse o comentário que se seguiu: “o download do app Uber é, claro, opcional”. Ou seja, a impressão que fica é de que, caso o usuário queira usufruir dos serviços prestados, deve concordar com as políticas da empresa. Mais uma camada de arrogância, ao que parece, para uma companhia que vem parecendo cada vez mais negativa aos olhos do público.