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Após multa, Play Store deixa de ser obrigatória em celulares Android na Europa

Por| 17 de Outubro de 2018 às 11h39

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A multa de mais de € 4,3 bilhões recebida pela Google na União Europeia teve seu reflexo mais drástico exibido nesta terça-feira (16), quando a empresa anunciou que não irá mais exigir a instalação da Play Store e de seus aplicativos proprietários em celulares com o Android. A mudança vale apenas para o Velho Continente e aplica um sistema de licenciamento aos fabricantes, como forma de deixá-los mais livres, mas, ao mesmo tempo, permitir que os softwares sejam utilizados caso esse seja o desejo.

A partir do dia 29 de outubro, a gigante passa a trabalhar com um sistema de licenças pagas para utilização da Play Store nos celulares Android. A Google não revelou o valor a ser acertado, mas disse que a opção permite a utilização de outras lojas de aplicativos ou, até mesmo, nenhum serviço desse tipo, no caso de celulares mais modestos. Já no caso de softwares como o Chrome ou o motor de buscas, o licenciamento é necessário, mas será gratuito.

De acordo com Hiroshi Lockheimer, vice-presidente de plataformas e ecossistemas da Google, a mudança para um modelo de negócios por licenciamento foi necessária diante das restrições impostas pela União Europeia. Segundo ele, a instalação da Play Store junto com o navegador e a ferramenta de pesquisas auxiliava a financiar o desenvolvimento e distribuição do sistema operacional Android de forma gratuita. Como isso não é mais possível, a companhia se viu obrigada a buscar outras alternativas para manter a máquina funcionando.

Apesar disso, o executivo deixou claro que o Android, em si, continuará livre, com código aberto e gratuito, mesmo na União Europeia, com as mudanças se aplicando apenas ao licenciamento de softwares e aplicações. Ele também afirmou que soluções da concorrência também podem ser instaladas nos smartphones pelos fabricantes, mesmo que as soluções da Google também estejam presentes lá, com a companhia continuando a não ter nenhuma restrição nesse sentido.

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Essa, inclusive, é a base do apelo que a gigante está fazendo à União Europeia, enquanto tenta recorrer da decisão que julgou como monopólio a instalação da Play Store, do Chrome e da barra de buscas em todos os celulares Android. Para os representantes do bloco, a exigência feria a livre competição e não motivava os usuários a analisarem as opções disponíveis, pela comodidade de já possuírem uma plenamente disponível para utilização.

A multa bilionária foi emitida pela União Europeia em meados de julho, na segunda vez em que a Google foi penalizada desta maneira pelo bloco. Antes, em junho de 2017, ela já havia sido condenada a pagar € 2,4 bilhões por exibir anúncios de seu próprio serviço de comparação de preços, o Shopping, com mais destaque e bem acima das opções das rivais durante as pesquisas dos usuários.

Fonte: Pocket Now