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Android 13 "mata" sincronização de área de transferência entre celular e PC

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 17 de Agosto de 2022 às 17h36

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Reprodução/Google
Reprodução/Google

O Android 13 trouxe um problema de mau funcionamento para aplicativos que acessam a área de transferência dos usuários. Não é mais possível compartilhar automaticamente o conteúdo copiado do seu celular para outros dispositivos usando aplicativos de terceiros como o Join.

A mudança não parece ser um bug, e sim parte das políticas de segurança e privacidade do Android 13. O sistema limpa automaticamente todo conteúdo armazenado no "CTRL+C" após uma hora para nenhuma senha ou endereço de e-mail ser espionado por terceiros.

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O Join é um serviço que permite sincronizar a área de transferência do seu telefone celular, desktop e notebook de uma maneira facilitada. Assim, você pode copiar uma informação em um dispositivo e colar no outro sem precisar enviar por e-mail ou usar a conexão Bluetooth.

Com as alterações em permissões do sistema operacional do Google, o Join (e outros similares) não consegue acessar os logs do dispositivo, mesmo se a pessoa usar comandos de desenvolvedores. Para funcionar, o app precisaria solicitar a permissão do usuário toda vez que quiser ler o log, além de precisar estar aberto em primeiro plano.

Como essas ferramentas funcionam de modo passivo, em segundo plano, o Android 13 praticamente mata a sincronização de áreas de transferência. Por enquanto, a única maneira de fazer esse compartilhamento é com um sistema bem mais difícil que envolve múltiplos passos até permitir a integração de forma temporária.

Android 13 dificulta apps que coletam informações

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O Tasker, criado para automatizar ações, também é outro que sofre com a mudança da política pelo Google. O programa não consegue coletar informações para acionar as tarefas programadas, o que inviabiliza o uso do software.

Segundo os desenvolvedores, o Google já disse que não pretende retroceder na sua implementação do Android 13. Caberá aos criadores, então, pensar em formas alternativas de conseguir fazer seus apps funcionarem contornando a barreira de segurança — ou apenas deixar de lado sua solução para sempre.

No fórum de discussões do Google, um engenheiro do Android disse que o bloqueio do acesso em segundo plano estaria "funcionando conforme o esperado". Ele disse que a empresa desencoraja qualquer tipo de teste de automação que dependa do log sem que haja uma interação do desenvolvedor com usuários.

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Google não pretende retroceder

Outros desenvolvedores de apps tentam convencer a gigante criadora do Android apresentando relatos de bugs e falhas em outros serviços, como os que são usados quando o telefone está inativo a noite. Por enquanto, não há nenhuma ação da fabricante para mudar a política ou retornar ao estado anterior.

Esta era uma tendência em expansão desde o Android 10, quando o acesso à área de transferência por aplicativos foi drasticamente reduzido para evitar o vazamento de senhas e dados bancários. Na época, vários gerenciadores foram afetados, mas os criadores de apps conseguiram contornar a proibição com métodos alternativos.

O jeito é aguardar a criatividade dos desenvolvedores e torcer para conseguirem dar um jeito, mas é importante ter em mente que o Android fecha cada vez mais o cerco ao acesso de informações pessoais. Embora cause algum transtorno, isso é bom para o usuário, que terá um sistema operacional mais seguro.

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Fonte: Android Police