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Boeing admite que sabia de falhas de software antes de dois acidentes fatais

Por| 06 de Maio de 2019 às 14h30

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A Boeing assumiu que teve conhecimento dos problemas de software do modelo 737 Max, ao menos um ano antes de acontecerem dois acidentes fatais com suas aeronaves. A empresa fez o pronunciamento nesta segunda-feira (6), contando que encontrou inconformidades entre design e software, mas que não determinavam impactos na segurança ou operação do avião.

No comunicado oficial emitido pela Boeing, a empresa afirmou que, para uma operação segura da aeronave, o indicador de ângulo de ataque e o alerta de discrepância desse ângulo não eram necessários. Essa falha, no entanto, causou os acidentes dos aviões da Lion Air e Ethiopian Airlines, na Indonésia e Etiópia, respectivamente.

Segundo a empresa, o software do Boeing 737 Max fazia a medição do ângulo do avião tentando, automaticamente, corrigir a aeronave que parecia estar com o nariz muito alto, o que poderia deixar o avião sem sustentação. O sistema MCAS fez uma leitura errada no momento dos dois acidentes, sem a opção de luz de divergência para indicar aos pilotos que diferentes sensores poderiam fazer leituras distintas. Em 2017, foi identificado por engenheiros que o sistema de display do 737 Max não cumpria exigências do alerta de discrepância do ângulo do ataque.

Boeing admite que sabia de falhas de software antes de dois acidentes fatais
Localização do sensor de ângulo de ataque (Imagem: Reprodução/New York Times)

O software, segundo a Boeing, só ativava o alerta de discrepância do ângulo de ataque caso a empresa optasse por comprar por um dos itens de segurança, que era adicional. Agora, o alerta de discrepância de ângulo de ataque será padrão em todos os aviões, funcionando de forma independente. No entanto, o indicador de ângulo de ataque continuará sendo opcional.

Os acidentes aconteceram em 2017, matando 189 pessoas na Indonésia, e em março do ano passado na Etiópia, causando a morte de 157 pessoas.

Fonte: Boeing