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Vacina do citomegalovírus já está em testes com humanos

Por| Editado por Luciana Zaramela | 07 de Dezembro de 2021 às 15h30

Elements/twenty20photos
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No combate ao citomegalovírus (CMV), a farmacêutica norte-americana Moderna testa a eficácia e segurança de uma vacina com mRNA (RNA mensageiro) contra o vírus. Quando a infecção ocorre em mulheres grávidas e nenhum tratamento é realizado, a doença pode afetar o desenvolvimento infantil e ter consequências duradouras na vida do indivíduo. Há risco também para quem tem o sistema imunológico enfraquecido.

Até hoje, não existem vacinas aprovadas para prevenir a infecção do CMV. Normalmente, os casos são assintomáticos e leves para a população em geral. Inclusive, a predominância é bastante elevada. A gravidade costuma ser em caso de mulheres grávidas contaminadas, já que o vírus pode ser transmitido da placenta ao feto quando nenhum tratamento é feito.

Moderna testa vacina de mRNA contra o citomegalovírus em mulheres (Imagem: Reprodução/Twenty20photos/Envato)
Moderna testa vacina de mRNA contra o citomegalovírus em mulheres (Imagem: Reprodução/Twenty20photos/Envato)

Quais os riscos do citomegalovírus (CMV)?

Vale explicar que o citomegalovírus (CMV) pertence à família do herpesvírus. Esta é a mesma família de outros vírus mais conhecidos, como da catapora, do herpes simples, do herpes genital e do herpes-zóster.

De forma geral, a infecção por CMV é bastante comum na população. Mais da metade dos adultos foi infectada pelo CMV até os 40 anos, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.

Como mencionado, o risco está em caso de infecção durante a gravidez. "Quando um bebê nasce com infecção por citomegalovírus (CMV), é chamado de CMV congênito. Cerca de um em cada 200 bebês nasce com infecção congênita do CMV. Cerca de um em cada cinco bebês com infecção congênita por CMV terá problemas de saúde de longo prazo", detalha o CDC.

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Entre as condições desencadeadas pelo vírus, o bebê pode apresentar problemas na audição ou convulsões. Por outro lado, "os bebês que apresentam sinais de doença congênita por CMV podem ser tratados com medicamentos chamados antivirais. Os antivirais podem diminuir a gravidade da perda auditiva", explica a CDC.

Potencial vacina de mRNA

Para imunizar as pessoas contra o CMV e evitar qualquer desdobramento da doença, a Moderna coordena um estudo clínico de Fase 3 para uma potencial vacina contra o vírus, a fórmula mRNA-1647. A tecnologia é a mesma adotada nas vacinas contra a covid-19, que têm as primeiras fórmulas comerciais de mRNA.

Apelidado de CMVictory, este estudo é conduzido globalmente e tem previsão de ser concluído em 2023. O objetivo dos pesquisadores é avaliar a segurança e eficácia de uma dose do imunizante de mRNA contra a infecção primária por CMV em mulheres de 16 a 40 anos.

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“O estudo está concentrando em mulheres nesta faixa etária específica porque, em geral, essa é a faixa etária em que as mulheres normalmente decidem ter filhos”, explica Lori Panther, vice-presidente da Moderna. Além disso, "uma mulher que tem uma infecção do CMV durante a gravidez está em risco particular de transmitir a infecção para seu filho”, lembra.

“Quando você olha para a carga total da doença por CMV impactando uma população saudável, a carga da gravidade da doença é mais evidente nas crianças nascidas de mulheres que tiveram infecção por CMV”, completa Panther sobre a importância da potencial vacina.

Fonte: Massive Science, CDC e Gen