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Tóquio não tem “Plano B” caso o COVID-19 adie os Jogos Olímpicos

Por| 28 de Fevereiro de 2020 às 23h30

Tóquio
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O Japão vem se preparando há quase seis anos para receber os Jogos Olímpicos de Verão deste ano e, apesar de todo o cuidado e infraestrutura de primeira que os orientais vêm construindo, eles não previam que uma grande ameaça pudesse adiar o evento. De acordo com a Reuters, a organização não está preparada para mudar a programação caso o novo coronavírus (SARS-CoV-2) não seja controlado a tempo, antes da estreia, no dia 24 de julho.

A informação teria vindo de uma autoridade sênior da própria Olimpíada de 2020, nesta sexta-feira (28). Katsura Enyo, vice-diretora geral do Departamento de Preparação para Tóquio 2020, afirmou que "não haverá mudanças na realização dos Jogos e tudo será realizado como planejado". O Japão investiu cerca de US$ 12 bilhões e torce para que os jogos não sejam cancelados, adiados ou movidos para outro local — vale destacar que o temor é grande, porque o país já contabiliza 200 casos confirmados e cinco mortes por conta do COVID-19.

Tóquio não tem “Plano B” caso o COVID-19 adie os Jogos Olímpicos
Imagem: Reprodução/Forbes

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, por enquanto mantém o cronograma e reforça que Tóquio está “totalmente comprometida” para manter tudo como foi alinhado anteriormente. Mesmo com a doença escalando rapidamente em vários países, a organização vem se mostrando irredutível com a possibilidade de mudanças. “Nós nem estamos pensando em quando ou em que contingência poderíamos optar. Não há nenhum pensamento de mudança em minha mente”, disse Katsura.

Japão investiu bastante em infraestrutura

O governo oriental construiu uma série de novas instalações para os Jogos Olímpicos, incluindo um Estádio Nacional de 156,9 bilhões de ienes (US$ 1,42 bilhão), e espera um grande impulso no turismo, que é prioridade no plano econômico do primeiro-ministro Shinzo Abe. 

A Olimpíada já foi cancelada por conta da Segunda Guerra Mundial, o que permite às agências de publicidade precificar os prejuízos caso o evento não aconteça. Embora os números não tenham sido divulgados, estima-se que sejam o suficiente para que os investidores fiquem bastante preocupados — e essa é a maior pressão sobre o Japão.

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Imagem: Reprodução/Reuters

A mídia japonesa diz que os organizadores chegaram a pensar em adiar os jogos por seis meses ou um ano, mas Katsura negou isso. Contudo, o Japão está considerando reduzir o revezamento da tocha olímpica e cancelou outros eventos esportivos com datas mais próximas. O time de beisebol Yomiuri Giants, por exemplo, jogará duas partidas da pré-temporada em um estádio vazio e a Maratona de Tóquio, que acontece no domingo (1) terá apenas os corredores de elite.

O prefeito de Londres chegou a sugerir que os Jogos Olímpicos fossem transferidos para a capital britânica, que sediou a edição anterior, mas os japoneses descartaram prontamente essa ideia. Até agora foram confirmados mundialmente mais de 84 mil casos do COVID-19, 2.876 mortes e quase 37 mil pessoas recuperadas.

Fonte: Reuters