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Homem quebra recorde ao usar interface cérebro-computador por sete anos

Por| Editado por Luciana Zaramela | 18 de Agosto de 2022 às 16h09

Gerd Altmann/Pixabay
Gerd Altmann/Pixabay
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Imagina passar sete anos e três meses da sua vida com um computador interligado ao seu cérebro. Pois é exatamente isso o que tem acontecido com Nathan Copeland, de 36 anos. Na última quarta-feira (17), ele quebrou o recorde de maior tempo que alguém já conseguiu ficar com uma interface cérebro-computador.

Um acidente de carro em 2004 deixou Copeland paralisado do peito para baixo, incapaz de se mover ou sentir seus membros. Em 2014, ele se juntou a um estudo da Universidade de Pittsburgh para ver se uma interface cérebro-computador poderia restaurar algumas das funcionalidades perdidas.

Trata-se de uma matriz de eletrodos instalada cirurgicamente em seu córtex motor. Na prática, essa interface traduz seus impulsos neurais em comandos que lhe permitem controlar dispositivos externos: um computador, videogames e até mesmo um braço robótico.

O fato de que o implante ainda não tenha causado grandes efeitos colaterais ou complicações é bem promissor para a comunidade científica, já que significa que esses dispositivos estão se aproximando da realidade comercial para pacientes com deficiências graves.

Homem quebra recorde ao usar interface cérebro-computador por sete anos e três meses (Imagem: Gerd Altmann/Pixabay)
Homem quebra recorde ao usar interface cérebro-computador por sete anos e três meses (Imagem: Gerd Altmann/Pixabay)

Ainda assim, os cientistas responsáveis buscam entender qual a durabilidade a longo prazo das matrizes implantadas, e se elas podem ser atualizadas. Elas são feitas de silício e contam com 100 agulhas minúsculas, cada uma com cerca de um milímetro de comprimento, revestida com metal condutor.

Para construir uma interface cérebro-computador, os pesquisadores precisam traduzir sinais neurais em comandos digitais. As matrizes implantadas podem provocar uma resposta imune no tecido neural que envolve os eletrodos, e o tecido cicatricial pode se formar ao redor de implantes cerebrais, o que afeta sua capacidade de captar sinais de neurônios próximos. Por isso os pesquisadores se preocupam tanto em entender quanto tempo essa interface cérebro-computador pode durar.

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Fonte: Wired