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Twitter investe em rede social aberta experimental para melhorar sua moderação

Por| 11 de Dezembro de 2019 às 21h50

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Uma das maiores críticas feitas pelos usuários do Twitter é sobre a maneira como muitas vezes a plataforma se omite ou erra ao lidar com a moderação do conteúdo postado e com o comportamento de seus próprios usuários. Essa é, atualmente, a maior dor de cabeça para o CEO Jack Dorsey, que agora anuncia uma possível solução: uma plataforma aberta, descentralizada e experimental, que pode vir a ser um possível modelo a ser usado por várias redes sociais, incluindo a sua.

Segundo Dorsey, a companhia vem patrocinando um pequeno grupo independente de programação em código aberto, formado por arquitetos, engenheiros e designers. Chamado de Bluesky, o projeto ainda está em fase embrionária e servirá para testes e para encontrar respostas a diversas questões fundamentais levantadas com o uso dos atuais modelos — especialmente a que envolve a moderação.

“A aplicação centralizada da política global para lidar com abusos e informações enganosas dificilmente aumentará a longo prazo sem sobrecarregar demais as pessoas”, postou Dorsey, em uma série de tweets que explica melhor sua proposta.

Blockchain terá importância nessa empreitada

Dorsey acredita que um protocolo criado por meio de uma iniciativa independente e aberta pode ajudar a melhorar a experiência de todos, incluindo a propagação de algoritmos menos atrelados às intenções de seus proprietários. Ele menciona o possível uso da tecnologia blockchain, que poderia implementar “hospedagem e governança abertas e duráveis, com possibilidade de monetização”, sem dar muitos detalhes de como funcionaria.

A ideia é inspirada na iniciativa do fundador do blog Techdirt, que questiona os atuais padrões da web e reforça a necessidade de todos pensarem mais em “protocolos em vez de plataformas” — ou seja, que é necessário conceber modelos mais amplos e globais, desvinculados de donos de negócios. Além disso, o Twitter já é participante do Data Transfer Project, que visa permitir que dados sejam movidos facilmente entre plataformas, e possivelmente deve ser aproveitado no Bluesky.

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Vale destacar que projetos de redes sociais descentralizadas já existem, a exemplo do Mastodon, que possui servidores geridos por indivíduos ou pela comunidade, conectados por meio de um sistema chamado "fediverse". O próprio Mastodon é baseado em um protocolo de código aberto chamado ActivityPub.

A ideia do Bluesky é boa, mas ainda depende de como o blockchain pode ser utilizado em uma rede social e de que maneira as constantes mudanças no comportamento dos usuários e nos apps devem ser consideradas para manter a experiência “viva” e em constante evolução, de acordo com as convenções vigentes. É possível que vejamos os efeitos disso somente a longo prazo.

Fonte: The Verge, Twitter