Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Ministro alemão quer criar taxa mundial para gigantes da tecnologia

Por| 23 de Outubro de 2018 às 08h51

Ministro alemão quer criar taxa mundial para gigantes da tecnologia
Ministro alemão quer criar taxa mundial para gigantes da tecnologia
Continua após a publicidade

Depois de toda sorte de regulamentações para este ano, como o GDPR e o processo contra empresas como Google e Facebook, a União Europeia agora quer adicionar uma nova taxa para evitar que empresas gigantes de tecnologia (sobretudo as norte-americanas) fujam de taxas regionais.

A intenção vem de Olaf Scholz, ministro da economia alemão, quem levantou a proposta em uma artigo para o Welt am Sonntag nesta segunda-feira (22). “Nós precisamos de um nível mínimo de taxa em todo mundo o qual nenhum país pode diminuir”, explicou em seu artigo publicado em alemão.

Segundo apuração da Reuters, atualmente a França também tem se mostrado interessada na proposta, dando força para que a proposição siga adiante no bloco. Por outro lado, congressistas alemães tendem a ver a ideia com um pouco mais de precaução com medo de que tal taxa possa criar uma crise de relacionamento com os Estados Unidos e atrapalhar o mercado automobilístico alemão.

Ainda, a ideia pode sofrer forte oposição da Irlanda. Atualmente, o país é polo para indústria e desenvolvimento de tecnologia em redes e informática exatamente por conta de taxas mais favoráveis para entrada no mercado da União Europeia. Por exemplo, a Intel anunciou nesta segunda que parte do seu investimento de US$ 1 bilhão para alavancar a produção de chips será realizado na Irlanda. Ou seja, a adoção de taxas mais rigorosas poderia fazer com que o país perdesse a atual boa relação com as empresas dos EUA.

Embora a proposta ainda não tenha sido oficialmente apresentada, deve ser discutida ainda este ano na União Europeia. A ideia de Scholz é de que as empresas tenham que pagar uma taxa na casa de 3% sobre a arrecadação digital com base na receita total do continente e não apenas sobre o lucro.

Fonte: Reuters