Pernambucanas encerra venda de celulares devido ao mercado cinza
Por Vinícius Moschen | Editado por Léo Müller | 28 de Junho de 2024 às 13h48
![Divulgação/Pernambucanas](https://t.ctcdn.com.br/gMbT3p8hOT9WfQmqzyUO2UKql0o=/640x360/smart/i910499.jpeg)
A Pernambucanas, tradicional varejista brasileira com foco em vestuário, encerrará a venda de celulares em suas lojas. A decisão foi anunciada em um cenário de crescimento do “mercado cinza” de smartphones, com modelos que chegam ao país de forma irregular.
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![Pernambucanas adotará nova estratégia de negócios (Imagem: Divulgação/Pernambucanas)](https://t.ctcdn.com.br/XQ1KAPGzZP-x4ljxaQC4jglmw_o=/1024x0/smart/i910497.png)
De acordo com nota enviada pela empresa ao portal NeoFeed, a retirada dos smartphones da loja ocorrerá de forma gradual. A assessoria ainda apontou que o movimento faz parte de uma “estratégia contínua e ampla de negócios, com investimentos em produtos que dão maior margem [de lucro]”.
Ao mesmo tempo, a Pernambucanas também deve fechar algumas de suas lojas, e adequar seu quadro de funcionários. Estima-se que aproximadamente 400 quiosques ou pontos de venda sejam modificados com a saída dos celulares.
Um estudo da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) apontou que a quantidade de celulares contrabandeados vendidos no Brasil saltou de 10% para 25% entre os anos de 2022 e 2023, respectivamente.
![Empresa deixará de vender celulares (Imagem: Divulgação/Pernambucanas)](https://t.ctcdn.com.br/tFNU8OJ6t4XihA2EOeS8-sFfKJQ=/1024x0/smart/i910495.png)
Trata-se de um mercado que movimentou cerca de 6,2 milhões de unidades no ano passado, em que aproximadamente 90% dos aparelhos são vendidos por meio de anúncios em marketplaces.
Recentemente, o Magalu foi apontado pela Anatel como líder no combate a celulares sem registro, com 0% de irregularidades.
Atualmente, a rede Pernambucanas não utiliza as suas plataformas online para vender celulares. A comercialização exclusiva em ambientes físicos é considerada uma estratégia “condenada” por analistas, já que grande parte dos consumidores finalizam a aquisição pela internet.
Afinal, pelas plataformas online é possível encontrar preços mais baixos, além de encontrar mais detalhes sobre os modelos desejados. Estima-se que celulares irregulares vendidos na web tenham preços 38% mais baixos, em média.
Além disso, a concorrência também se acirrou com outras plataformas, como vendas em aplicativos de mensagem como WhatsApp e Telegram. As próprias marcas têm reforçado as vendas em seus sites, algumas vezes com brindes extras acompanhando os celulares.
O tema da venda de celulares ilegais tem ganhado destaque nos últimos dias, principalmente por conta das possíveis punições da Anatel contra plataformas como Amazon e Mercado Livre.