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Coral com mais de 400 anos revela a grande resiliência das espécies marinhas

Por| Editado por Patricia Gnipper | 27 de Agosto de 2021 às 21h20

Adam Smith et al.
Adam Smith et al.
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Apesar de todas as alterações negativas que os oceanos têm experimentado ao longo dos últimos anos, algumas espécies marinhas se revelam extremamente resilientes. Em um novo estudo, cientistas relatam a descoberta de um coral, do gênero Porites, com cerca de 10,4 metros de diâmetro e mais de 400 anos de idade, localizado na Grande Barreira de Corais da Austrália.

O grande coral, encontrado na costa da Ilha Goolboodi, foi apelidada de “Muga dhambi” (“grande coral”) pelos guardiões indígenas da ilha, do povo Manbarra. Além de sua largura recordista, o coral tem pouco mais de 5 metros de altura, sendo classificado como o sexto coral mais alto da Grande Barreira de Corais.

(Imagem: Reprodução/Adam Smith et al.)
(Imagem: Reprodução/Adam Smith et al.)

O coral foi medido em março deste ano durante uma pesquisa científica nos corais da região, onde os pesquisadores conduziram uma revisão da literatura sobre a espécie, além de comparar o tamanho, a idade e a saúde do Muga dhambi com outros localizados na Grande Barreira e em outros lugares do mundo.

A saúde do coral foi avaliada como muito boa, sendo que mais de 70% de sua cobertura vegetal está viva, além de porcentagens menores de esponjas e microalgas. A equipe também estimou a idade de Muga dhambi entre 421 a 438 anos — anterior à colonização europeia da Austrália. Em seu tempo de vida, o coral já sobreviveu até 80 ciclones e 99 eventos de braqueamento de corais.

(Imagem: Reprodução/Adam Smith et al.)
(Imagem: Reprodução/Adam Smith et al.)

Esta descoberta é encarada como uma injeção de esperança para os recifes de corais de todo o mundo, quando o cenário global aponta para mortes massivas dessas espécies diante do aumento da temperatura dos oceanos. “Saber que essas coisas [como Muga dhambi] existem, e têm persistido por muito tempo, ajuda a fornecer um sentimento renovado de esperança para o futuro”, diz Nathan Cook, cientista marinho da Reef Ecologic e co-autor da pesquisa.

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O estudo foi publicado em 19 de agosto deste ano, na Scientific Reports.

Fonte: Science News