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Reuters revela primeiro apresentador criado totalmente por IA

Por| 11 de Fevereiro de 2020 às 16h55

Divulgação/Reuters
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Em era de deepfake, ter um repórter completamente animado por algoritmos para apresentar o jornal já é possível. A agência de notícias Reuters anunciou o primeiro sistema da companhia para criar um apresentador completamente autônomo e guiado por inteligência artificial para o noticiário esportivo. O projeto foi criado em parceria com a startup londrina Synthesia. 

A tecnologia utiliza vídeos pré-gravados de um apresentador e vai concatenando as ideias e movimentos faciais de forma a tornar a montagem mais realista. De forma parecida com os sistemas de deepfake, a inteligência artificial reconhece as expressões e movimentos do rosto do apresentador e cria um banco de dados. No caso, o modelo gravou centenas falas sobre a Premier League, primeira divisão do futebol inglês. 

Segundo o gerente de notícias da Reuters, Nick Cohen, o sistema primeiro utiliza um algoritmo para ligar a imagem com a informação. Ou seja: o banco de dados reconhece o movimento e insere a fala sobre um determinado assunto. Assim, ao criar um roteiro para uma notícia, a inteligência artificial pode criar um resultado de apresentação como se fosse humanho, da forma mais natural possível. 

Reuters revela primeiro apresentador criado totalmente por IA
Sistema recebe informações de jogadores, times e partida para criar apresentação (Foto: Divulgação/Reuters)

Segundo o próprio Cohen, em entrevista para a Forbes, é difícil distinguir entre a versão real e a produzida por inteligência artificial. O banco de dados pode ser alimentado em gravações de algumas horas, diferente de sistemas que demoram meses, como acontece no cinema. 

Até o momento, tudo ainda está em fase de protótipo, funcionando apenas com notícias sobre partidas de futebol, sem grandes variantes. Contudo, o objetivo da Reuters é produzir o mecanismo em escala para vender a outras empresas para além do noticiário esportivo. 

Será o fim do apresentador como o conhecemos? A proposta é que a inteligência artificial não substitua a participação humana, mas que possa complementar no momento em que o funcionário não consiga aparecer. Ou seja, “nas notícias de última hora”. 

A empresa ainda não informou qual a previsão para que o sistema seja oficialmente lançado no mercado.

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Fonte: Forbes, Reuters