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Quantidade de exoplanetas habitáveis pode ser menor do que o estimado

Por| Editado por Patricia Gnipper | 20 de Janeiro de 2023 às 12h47

NASA/JPL-Caltech
NASA/JPL-Caltech
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Aparentemente, a quantidade de exoplanetas habitáveis não é tão grande quanto se pensava. Em um novo estudo, os pesquisadores Noah Tuchow e Jason Wright investigaram a quantidade de exoplanetas na zona habitável de suas estrelas, ou seja, aqueles que as orbitam a distâncias que permitem a ocorrência de água no estado líquido. Muitos pesquisadores consideram que é relativamente estável, mas, na verdade, a zona habitável muda conforme a evolução da estrela — e isso tem implicações consideráveis para a ocorrência de água e, consequentemente, da vida.

Devido a estas mudanças, os exoplanetas (aqueles que orbitam outras estrelas) nascidos fora da zona habitável podem ter começado suas “vidas” quentes ou frios demais para a ocorrência de água líquida, mas isso pode mudar conforme suas estrelas evoluem. Os pesquisadores chamaram estes exoplanetas de “habitáveis tardiamente” e, no estudo, calcularam que até 79% dos exoplanetas podem ser deste tipo, dependendo da definição da zona habitável.

A zona habitável é a distância da estrela, que permite água líquida na superfície dos planetas (Imagem: Reprodução/NASA)
A zona habitável é a distância da estrela, que permite água líquida na superfície dos planetas (Imagem: Reprodução/NASA)

Isso traz algumas consequências para a existência da água ali. Os exoplanetas que nasceram mais próximos à sua estrela do que a zona habitável podem perder toda a água antes de chegar à região. Já aqueles que surgiram mais longe da zona podem, provavelmente, se tornar grandes geleiras globais de difícil derretimento.

Por outro lado, estes têm mais chance de se tornarem habitáveis do que os exoplanetas quentes demais. “Você não quer um planeta que ficou perto demais da estrela por um longo tempo, perdeu toda a sua água e depois entrou na zona habitável, porque não importa quanto tempo estiver ali, ele não terá mais muita água”, observou Tuchow.

Se este for o caso, a quantidade de exoplanetas capaz de abrigar vida pode ser menor do que as estimativas sugeriam. Estudar estes mundos é importante porque, como os cientistas não sabem exatamente como a vida surgiu na Terra, a compreensão das condições necessárias para a vida é limitada. “Se a vida não puder existir nestes planetas, isso pode ter grandes implicações para a abundância de vida no universo”, finalizou.

O artigo com os resultados do estudo foi publicado no repositório online arXiv, sem revisão de pares.

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Fonte: arXiv